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Xixi, Pipi do Paraíso e Café Ralo: nomes curiosos de candidatos no ES

Xixi, Pipi do Paraíso e Café Ralo: nomes curiosos de candidatos no ES

Entre as profissões os donos de bares, farmácias e salões estão entre os mais comuns. Apelidos e referências familiares aumentam a lista. Confira os nomes de urna

Publicado em 30 de setembro de 2020 às 19:09

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Urna Eletrônica
Na urna eletrônica: apelidos, referências familiares e profissões marcam nomes engraçados e curiosos. (Nelson Jr./ASICS/TSE)

Tradicionalmente, quem concorre em uma eleição municipal busca se conectar com os eleitores mostrando que é um "local". Para angariar votos nos municípios, os candidatos apostam em construir, aos olhos do eleitor, uma imagem de alguém próximo, quase familiar. Por isso, são comuns apelidos, referências familiares e profissionais aparecerem nas urnas. A ideia é não parecer um político distante e, sim, "o filho da fulana" que nasceu e cresceu por ali.

A partir do pedido de registro de candidatura à Justiça Eleitoral – realizado até o último dia 26 –, é possível encontrar nomes curiosos escolhidos pelos candidatos que pretendem disputar o pleito. Nem todos, contudo, chegam às urnas, uma vez que a solicitação precisa ser aprovada pela Justiça. Os candidatos apostaram em referências para serem identificados de forma mais fácil.

Entre os apelidos mais curiosos entre os candidatos a prefeito, a vice-prefeito e a vereador no Espírito Santo estão Xixi, Peito Liso, Josué Bola de Fogo, Carlão Barriga Lisa, Carlim do Beijo, Carlim da Dengue, Short, Pinta Roxa, Eronis do Café Ralo, Tonho da Lua, Bolota, Gordinho Amigo de Verdade e Buruca.

Tem até candidata fazendo referência a nomes famosos mundialmente, como Layd Day e Tina Tanner – que remetem à princesa inglesa Diana e à cantora norte-americana Tina Turner. Entre as influências políticas, os Lulas estão em maioria. São nove "Lula" e quatro "Bolsonaro."

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DO SALÃO E DO HOSPITAL: AS REFERÊNCIAS PROFISSIONAIS

A maioria das pessoas conhece alguém que é dono de estabelecimentos comerciais. O campeão na contagem de nomes de urna, até o momento, são os proprietários de salão. Já são 45 candidatos registrados com o nome "do salão" na frente. Em segundo lugar estão os donos de bares, 26 até agora, e em terceiro os que usam como referência "do posto", com 23. Além desses, também é possível encontrar 18 "da autoescola", 15 "da padaria", 13 "do ônibus" e dez motoristas de van.

Em ano de pandemia de Covid-19, também foi registrado um número expressivo de nomes de urna ligados à saúde. São 89 candidatos "da saúde", 50 que usam "enfermeiro(a)", 39 "doutor(a)", 24 "da farmácia" e 19 "do Hospital." Também podem estar nas urnas três candidatos "do uber" e cinco "do táxi", além de 11 "pescador(a)".

A profissão mais representada, no entanto, é do professor. Até o momento, são 273 candidatos que colocarão o título no nome de urna. Superou até mesmo o número de militares que utilizam nomes de posto ou patente no nome de urna. Esses somam 115: 26 cabos, 61 sargentos, nove capitães, sete delegados, 12 policiais e dois "major." Em terceiro lugar no ranking estão os líderes religiosos. São 108 pastores, 11 missionários, cinco bispos e um padre.

REFÊRENCIAS FAMILIARES E COMUNITÁRIAS

Curiosamente, nem sempre o candidato que está concorrendo é o mais conhecido pela comunidade. Pelo número expressivo de nomes de urna que apelam para referências a terceiros, dá para imaginar que muita gente tem parentes, amigos ou cônjuges mais famosos. Veja a lista com alguns nomes:

Há, ainda, uma lista de filhos e filhas:

JUSTIÇA ELEITORAL TEM REGRAS

Apesar de a Justiça Eleitoral autorizar o uso de apelidos e termos pelos quais os candidatos são identificados, a lei eleitoral proíbe  nomes que deixem dúvida sobre a identidade dos candidatos, atente contra o pudor, seja ridículo ou irreverente. Também são proibidas expressão ou siglas que pertencem a órgãos da administração pública em âmbito federal, estadual e municipal.

 A legislação determina ainda que sejam barrados nomes iguais aos de candidatos em eleições majoritárias, ou seja, nomes iguais aos de prefeitos, governadores, senadores ou Presidente da República. A Justiça pode, inclusive, pedir que o candidato prove que é conhecido pelo termo escolhido, em caso de nomes que possam confundir os eleitores.

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