O Ministério da Saúde antecipou para o mês de março a Campanha de Vacinação contra a Influenza. No Espírito Santo, 1.549.763 de pessoas estão aptas para receberem o imunizante. O Estado já recebeu na manhã desta sexta-feira (15) 14.800 doses da vacina, que serão disponibilizadas para os municípios na próxima segunda-feira (18).
O envio de mais vacinas ocorrerá ao longo da campanha, que acontecerá até o dia 31 de maio, de modo que todos os grupos prioritários sejam contemplados. Os municípios poderão optar pela realização de um dia “D” de mobilização. A orientação do Ministério da Saúde é que seja feito no dia 13 de abril.
O Estado espera superar a cobertura de 54% dos grupos prioritários do ano anterior, alcançando a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde que é de 90%. A campanha pretende reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza. Tradicionalmente, a mobilização é realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio, neste ano terá início em março, em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país.
A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação. Ela é atualizada anualmente, com objetivo de proteger contra os principais vírus em circulação no País, por isso a importância de atualização do esquema vacinal dos grupos prioritários, mesmo tendo tomado a dose no ano anterior. As doses, assim que chegarem ao Estado, estarão disponíveis nas mais de 700 salas de vacinação.
Pelo segundo ano consecutivo, o Espírito Santo ficou abaixo dos 90% de cobertura ideal estabelecida pelo Ministério da Saúde em relação à imunização contra a influenza. Com 54% na campanha de 2023, o Estado teve a 7ª pior cobertura do País, ficando atrás de Santa Catarina, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Acre – as menores coberturas em ordem decrescente.
Nos anos anteriores, o Estado figurou entre as melhores coberturas entre os estados brasileiros, alcançando a 8ª posição em 2022, com 71,29%; o segundo lugar em 2021, com 89,97%; e o primeiro lugar em 2020, com 106,26%.
De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI), Danielle Grillo, a baixa adesão à campanha da gripe em 2023, e consequentemente a baixa cobertura, foram resultados da disseminação de desinformação. “Tivemos muitos relatos de pessoas que acreditavam que se vacinassem contra a Influenza, recebiam a da Covid-19 também. Outras que acreditavam que ficariam gripadas ao se vacinar, entre outras desinformações”, explicou.
Para o cálculo de cobertura vacinal, levam-se em consideração os grupos de maior taxa de complicações, internações e mortalidade. São eles: crianças de 6 meses a menores de 6 anos, povos indígenas, gestantes, puérperas e idosos.
A meta preconizada pelo órgão federal é de 90%. “O Ministério da Saúde classifica esses grupos como prioritários para cobertura justamente devido à preocupação que eles trazem, por estarem mais suscetíveis ao caso grave da gripe, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que pode levar à morte”, alertou a coordenadora. Em 2023, o Estado registrou 303 casos de SRAG, com 19 óbitos.
Danielle Grillo ressalta, entretanto, que o Espírito Santo já configurou entre as melhores coberturas de gripe do país durante anos e que o Programa Estadual de Imunizações, com os municípios, vem trabalhando e fortalecendo ações para que o alto índice volte.
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