Mais de um mês após a tragédia na "Curva da Morte", a investigação sobre o acidente envolvendo um ônibus de turistas mineiros que tombou e causou a morte de quatro pessoas, no dia 02 de novembro na ES 164, em Cachoeiro de Itapemirim, continua sem respostas. A polícia aguarda a conclusão do laudo pericial, que ainda não tem previsão para sair. Passageiros que sobreviveram ao trágico acidente afirmaram que o veículo apresentou problemas mecânicos durante todo o trajeto.
A informação é de que o acidente teria acontecido depois de uma possível falha no freio do ônibus, próximo ao trecho conhecido por "Curva da Morte", em Soturno. A batida deixou quatro mortos entre elas duas crianças e dezenas de feridos. O grupo saiu para uma excursão de Minas Gerais com destino à praia de Itaoca, em Itapemirim.
De acordo com informações da Polícia Civil, ainda não é possível apontar o que causou o acidente e as responsabilidades. Por meio de nota, o órgão informou que o caso segue sob investigação na Delegacia Especializada de Infrações Penais e Outras (DIPO) de Cachoeiro de Itapemirim.
Diligências foram realizadas, testemunhas e sobreviventes do acidente foram ouvidos. A informação é de que o delegado responsável pelo caso ainda aguarda a conclusão do laudo pericial para dar continuidade às investigações. Porém, por conta da complexidade do caso, afirmam que não há como determinar um prazo para a conclusão dos laudos.
O acidente aconteceu no início da tarde do dia 02 de novembro, na ES 164, que liga Cachoeiro de Itapemirim a Vargem Alta, no Sul do Estado. Segundo testemunhas, após algumas paradas na estrada para reparos, em Cachoeiro, o ônibus desceu a serra descontrolado, bateu em uma árvore e tombou.
Três passageiros - duas crianças e uma mulher - e o motorista morreram. Outras 47 pessoas foram levadas para hospitais do município com ferimentos. Todos já receberam alta médica.
A empresa proprietária do ônibus, Alcântara Turismo, informou que coletivo somente é usado para excursões e é licenciado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Disse ainda que o veículo chegou de viagem e passou por manutenção antes de seguir para o Espírito Santo. Na época, afirmaram que colaboraram com a assistência às vítimas e com a investigação.
O assunto reacendeu mais uma vez a indignação dos moradores do entorno do distrito de Soturno. Eles relatam que uma intervenção na "Curva da Morte", ponto que chegou a receber a visita de um especialista de São Paulo em 2017 para ver a possibilidade de criar áreas de escape, poderia diminuir os riscos de acidentes graves no local. No dia 15 de novembro, outra batida naquele trecho terminou com a morte de um caminhoneiro que perdeu o controle e tombou na pista.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER), responsável pelo trecho, não cogitou criar essas áreas. Informou apenas que os sete quilômetros da serra do Soturno estão em um trecho muito sinuoso que requer atenção redobrada dos motoristas por conta de sua inclinação. O órgão disse ainda que instalou, ao longo da rodovia, equipamentos de fiscalização eletrônica (radares), sendo dois no km 348,6 e km 349,2, próximos à descida da curva.
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