Depois da forte chuva que atingiu a região durante esta quinta (30) e a madrugada desta sexta-feira (31), moradores de Iconha começam a contabilizar os prejuízos. O nível do rio do município subiu e a água invadiu lojas e casas e causou deslizamentos de terra, entre outros transtornos. Até o momento, não há a informação de feridos, de acordo com a Defesa Civil Estadual.
Na manhã desta sexta-feira, o fotógrafo de A Gazeta Carlos Alberto Silva esteve na cidade e registrou os danos causados pela força da água. Mesmo com a trégua da chuva, muitas ruas continuavam alagadas. A Defesa Civil Municipal teve que utilizar um barco para retirar moradores de algumas residências.
Em outros locais, os próprios moradores se arriscavam passando pela água para recuperar objetos danificados ou perdidos. Um deles foi o comerciante Carlos Donatelli, 48 anos, que viu a loja de material de construção dele ser tomada pela água.
"A loja está cheia por causa da rua, que não consegue escoar a água da chuva. Vem dos morros, de cima da vargem. Está desde ontem (30), por volta de 16h, 17h, debaixo de água. É a terceira chuva esse ano e é a terceira vez que a loja é atingida. Temos que arcar com os prejuízos porque não temos seguro", lamentou.
Quem também teve prejuízos materiais foi a dona de casa Maria Aparecida Gabriel, 53. Um barranco deslizou sobre os fundos do quintal da casa onde mora, derrubando um muro e parte da garagem. Na manhã desta sexta-feira, ela falou sobre o transtorno que sempre acontece quando chove forte no local.
"Toda vez que chove esse barranco desce muita água. Aí desmorona tudo e temos esse transtorno. Atingiu minha garagem, quebrou o muro do outro lado. Deveriam tomar alguma providência, né? Ninguém resolve nada. O prejuízo foi material, mas poderia ter acontecido coisa pior", contou.
O marceneiro Evaldo Lovatti, 52, teve sorte e não perdeu ou teve bens danificados com a chuva, apesar de a água ter atingido 40 cm de altura na residência dele. No entanto, o prejuízo acaba sendo emocional, pela aflição e medo causado a cada chuva forte na cidade.
"Nenhum prejuízo material, mas sim emocional. Minha filha pequena não pode ver chuva que já fica desesperada. A gente sente. É a terceira grande chuva em poucos meses. Tem que ter muita força", disse.
Quatro unidades de saúde do município estão com o atendimento suspenso, nos bairros Bom Destino, Duas Barras, Tocaia e Ilha do Coco se encontram com o atendimento suspenso. De acordo com a prefeitura, muitos profissionais de saúde não conseguem sair de suas casas ou ainda acessar as unidades devido aos pontos de alagamentos.
A reportagem entrou em contato com a Defesa Civil e também com a Prefeitura de Iconha para informações sobre desabrigados, desalojados e outros prejuízos causados pelas chuvas. Quando a resposta for recebida, esta matéria será atualizada.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta