A lama que invadiu a casa de Rosemary Romualdo da Silva, no bairro Garagem, em Castelo, Região Sul do Espírito Santo, no último fim de semana, destruiu paredes, imóveis e eletrodomésticos. A água atingiu cerca de 8 metros de altura.
Dois dias após a enxurrada que derrubou sete imóveis na vizinhança, o cenário onde Rosemary mora ainda é de devastação, medo e insegurança. Na hora da chuva, ela estava em casa com a mãe e três filhos. Nenhum deles ficou ferido.
Perdi tudo. Ainda tem lama dentro da minha casa, estou limpando tudo com minha mãe. Algumas paredes caíram e outras estão perigosas. Perdi minha estante, a cama, os alimentos. Tudo que estava na geladeira, a água levou, explicou a dona de casa.
A casa do funcionário público municipal, Valter Cândido, desabou. Ele morava no imóvel com três filhos. Com rendimento mensal de um salário mínimo de R$ 998, Valter afirma que não tem dinheiro para construir um novo lar.
Tudo que os meus filhos precisam sou eu quem resolvo. Não tenho condições de reconstruir essa casa. Cuido de três filhos com esse salário de R$ 998, não dá pra fazer mais nada além disso, desabafou.
De acordo com a presidente da Associação de Moradores, Sônia Maria Ferreira da Silva, a chuva no município deixou 351 desalojados e 31 desabrigados no bairro Garagem. Segundo ela, a maioria dos moradores tem renda mensal de um salário mínimo.
Esse bairro é praticamente uma ilha, está cercado pelo rio. Os moradores são pessoas simples que precisam de muita ajuda dos órgãos públicos. Muitos que moram aqui, tem casa popular (Minha Casa Minha Vida) para receber. São moradores que precisam de um teto, muitos têm bebê e não tem nem banheiro para usar, disse a presidente.
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