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Defesa nega que suspeitas mandaram matar agricultora em Vargem Alta

Defesa nega que suspeitas mandaram matar agricultora em Vargem Alta

Advogado afirma que as provas e elementos indicam que Sula e Flávia Almeida não encomendaram o crime. Agricultora Thamires Lorençoni, de 26 anos, foi morta a tiros no dia 30 de novembro, na ES 164, em Vargem Alta

Publicado em 11 de dezembro de 2019 às 22:27

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Sula Almeida e a filha Flavia Almeida são suspeitas de tramar morte. (Fotos: Reprodução Facebook)

A defesa de Sulamita (Sula) Almeida e de Flávia Almeida, mãe e filha presas na última quinta-feira (05) por suspeita de envolvimento na morte da agricultora Thamires Lorençoni, de 26 anos, nega que elas tenham sido as mandantes do crime. Thamires foi assassinada quando voltava para casa, no dia 30 de novembro, em Vargem Alta. Criminosos armados interceptaram o caminhão que era dirigido pelo marido dela e foram até o banco do carona, onde a vítima estava. Ela foi baleada nas costas e na cabeça.

Segundo José Carlos Silva, advogado das suspeitas, a prisão de suas clientes é temporária, por 30 dias, que podem ser prorrogados por mais 30. “Não é possível dar muitas informações, pois o caso segue sob segredo de Justiça. Alguns elementos precisam ser melhor investigados pela polícia. O delegado acredita que, nesta semana, o caso seja concluído. O maior interesse é de que se apure a verdade e o motivo. As provas e elementos dos autos indicam para um caminho de que elas não mandaram matar Thamires”, disse o advogado de defesa, sem dar mais detalhes do caso.

Sulamita Almeida e Flávia Almeida estão presas no Centro Prisional Feminino de Cachoeiro de Itapemirim. O advogado informou que elas devem ser ouvidas pela polícia  ainda nesta semana, oficialmente. Silva aguarda a conclusão do inquérito para definir quais ações serão tomadas. Ele desconhece se elas confessaram o crime. 

Sulamita era madrasta do marido de Thamires. A relação entre elas não era amistosa, segundo familiares. Ainda assim, Thamires e o marido se preparavam para ir morar no mesmo imóvel que as suspeitas residiam, em Vila Maria. A agricultora, o marido e as filhas viveriam embaixo, enquanto o pai, a madrasta e a filha dela (Flávia) morariam na parte de cima. A previsão era de que eles se mudassem até o final do ano.

MOTIVAÇÃO DESCONHECIDA

Ainda não está claro por qual motivo a morte de Thamires teria sido encomendada. A polícia não fala e o delegado que investiga o caso afirma que só vai revelar a motivação após conclusão do inquérito. Segundo o delegado responsável pelo caso, Rafael Amaral, as investigações só serão concluídas nos próximos dias. Até lá, ele afirma que não irá comentar nada, para não atrapalhar nas investigações.

Thamires morreu ao reagir a um assalto em Vargem Alta. (Arquivo pessoal)

O CRIME: MORTA NA FRENTE DO MARIDO

O crime aconteceu no último dia 30 de novembro. A vítima e o marido estavam em um caminhão, voltando para Santana, zona rural de Vargem Alta, onde moravam, quando um carro os interceptou na estrada.

Imagens da câmera de videomonitoramento de um estabelecimento às margens da rodovia ES 164, que liga Cachoeiro de Itapemirim a Vargem Alta, mostram um carro branco, em que estavam os executores, entrando, às 14h29min25s, na frente do caminhão que era dirigido pelo marido de Thamires.

A versão inicial era de que ela teria sido morta durante uma tentativa de assalto. No entanto, o caso passou a ser tratado como homicídio pela Polícia Civil. As imagens enfraquecem a versão de que Thamires teria sido morta por ter corrido ao ver os criminosos, já que os executores avançaram em direção a ela. O vídeo será anexado ao inquérito.

Nas imagens é possível ver quando o caminhão desce alguns metros na ladeira e um homem aparece correndo, sete segundos depois do início da ação, e vai direto no lado do carona, onde estava a vítima. O comparsa, que tinha ficado no carro, dá a volta e se direciona para a parte de trás do caminhão.

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Em seguida, o marido da vítima sai do caminhão às 14h29min59s e corre na direção contrária dos criminosos. Ele volta 17 segundos depois, vai até o lado do carona e começa a sinalizar para outros motoristas que passavam pela rodovia, pedindo socorro. Thamires foi socorrida para um hospital da região, mas não resistiu e morreu.

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