A empresária, que gravou um áudio informando que sua empresa de festas havia falido e não poderia mais arcar com os eventos contratados por sete casais de noivos do Sul do Espírito Santo foi ouvida pela Polícia Civil. Ela alega que não quis enganar as pessoas e geriu mal seu negócio.
Segundo a polícia, seis denúncias de golpe foram feitas à delegacia de Cachoeiro de Itapemirim e uma em Piúma. O titular da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (DEIC) de Cachoeiro de Itapemirim, José Augusto Militão, contou que a dona da empresa contratou advogado e foi ouvida.
Ela já apareceu com advogado. Foi ouvida e negou ter enganado as pessoas. Diz que na verdade geriu mal o negócio. Algumas pessoas voltaram na delegacia para informar que ela pagou a dívida. Familiares e amigos tem feito vaquinha para ajudá-la. Ainda falta ouvir algumas vítimas para concluir o caso. Algumas ainda estão em lua de mel e estamos aguardando o retorno, revela.
O caso segue em investigação e outras vítimas ainda serão ouvidas. Após conclusão, o inquérito será encaminhado à Justiça.
Apesar da alegação da dona da empresa à polícia, vítimas afirmam que não foram procuradas, nem ressarcidas dos danos. Minha filha vai casar no sábado. Desde que soubemos do áudio, tentamos contato com ela e não até hoje. Queríamos Justiça, que ela devolva o dinheiro. Mas, vai além do dinheiro, é sofrimento, o transtorno , contou o senhor Aldair José Adelaide Neri, pai de uma noiva prejudicada.
Outra vítima, que prefere não de identificar, diz que conseguirá se casar em novembro com ajuda de familiares, amigos e até desconhecidos para ajudar no evento. Nunca mais conseguimos contatos com a dona da empresa, nem nenhum dinheiro dela, revela.
O caso
O caso ganhou repercussão no dia 28 de agosto após casais denunciarem uma empresa de serviços de casamento, que cancelou os contratos por meio de um áudio espalhado nas redes sociais e a responsável desaparecer.
No discurso, com a voz que seria da responsável pela empresa, dizia que não faria mais os serviços pagos. Decoração, buffet completo, garçom, doces e vestido de noiva estão entre os trabalhos que seriam realizados nos casamentos.
Desde o início do caso, a reportagem ligou para os números da empresa informados pelas vítimas, mas não conseguiu nenhum contato. O local onde os noivos eram atendidos, em Cachoeiro de Itapemirim, está vazio, com placa de aluga-se.
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