A vontade de se mudar para uma casa nova acabou se tornando o pesadelo para uma mulher em Cachoeiro de Itapemirim, região Sul do estado, que prefere não se identificar. Por meio do site OLX ela e a família alugaram um imóvel e chegaram a pagar R$ 1.145,00 de aluguel, mas descobriram que se tratava de um golpe. Segundo a Polícia Civil, registros de casos do tipo são comuns na delegacia.
Negociações por meio de sites de compra e venda na internet podem ser sinônimo de facilidade e economia. No entanto, todo o cuidado é pouco na hora de finalizar as compras, já que em alguns casos os consumidores podem ser facilmente enganados.
No caso da família, ao chegar ao imóvel que havia sido alugado pelo site, eles descobriram que tudo não passava de um golpe e que a casa, que pertencia, na verdade, a outro proprietário, já estava alugada.
Segundo a mulher, o porteiro do local informou que outras famílias também haviam caído no mesmo golpe. Ela conta que no momento de fechar o negócio o estelionatário foi muito convincente.
"Tudo que olhávamos era correto. Ele falava muito bem, nos passou informações corretas sobre o apartamento. Disse que não precisaríamos levar as coisas e, quando chegamos lá, infelizmente, tínhamos caído no golpe", lamenta.
Outro homem, que prefere não se identificar, conta que também ficou no prejuízo ao tentar comprar um carro. Ele chegou a depositar R$ 2 mil para o negociante, que dizia que o veículo pertencia a uma loja. Na verdade, tudo não passava de mais um golpe.
"Verifiquei tudo. Ele me mandou CNPJ, endereço da loja, telefone fixo. Entrei em contato, verifiquei que a loja existe realmente. Mas a loja é mais uma vítima dessas pessoas que usam o nome dela para nos fazer cair no golpe", diz.
De acordo com o delegado Augusto Militão, as denúncias de golpes de sites de negociação se tornaram rotina na delegacia de Cachoeiro de Itapemirim. "É difícil ter uma semana em que não haja registro de uma ou duas ocorrências de estelionato", afirma.
Militão afirma que em grande parte dos casos os autores dos crimes são de outros Estados. "Nosso trabalho é tomar as primeiras medidas, tomando oitivas, tentando bloquear o dinheiro. Depois temos que encaminhar tudo isso para o local onde foi depositado o dinheiro, pois é lá que o estelionatário se encontra".
O gerente de fiscalização do Procon, Ricardo Fonseca, indica que alguns cuidados, como pesquisar as referências do produto e do vendedor, o CNPJ e o endereço fixo, podem ajudar o comprador a fazer um negócio mais confiável. A dica principal é tentar se aproximar ao máximo de quem vende a mercadoria.
De acordo com ele, quem se sentir lesado também pode acionar o site envolvido no golpe e o autor do crime na Justiça ou procurar o Procon para resolver a situação administrativamente.
Em nota, a OLX, que hospeda os anúncios citados pelas vítimas da reportagem, informou que deletou e bloqueou contas dos usuários. O site afirma que está à disposição da polícia para colaborar com a apuração dos fatos.
A empresa alega que investe constantemente em tecnologia e na educação de seus usuários, com ênfase nas melhores práticas de negociação.
*Com informações do G1/ES e da TV Gazeta
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta