Dois irmãos foram presos no Sul do Estado, por envolvimento com farmácias clandestinas e desvio de medicamentos do setor público. As prisões ocorreram nesta quarta-feira (09) e quinta-feira (10). A primeira foi em Mimoso do Sul, quando a Polícia Civil, foi até uma farmácia que funcionava sem autorização.
O estabelecimento, no distrito de São José das Torres, estava com várias irregularidades, incluindo a falta de alvarás de funcionamento, sanitário e farmacêutico. Foram encontrados medicamentos vencidos e expostos à venda, psicotrópicos e medicamentos de venda proibida, que são comercializados apenas com o setor público. Nesse caso, tendo sido apurado que haviam sido desviados da Farmácia Básica de Itapemirim, de acordo com a confissão dele, com ajuda de seu irmão que trabalhava no local, explicou o delegado de Mimoso do Sul, Rômulo Carvalho Neto.
O proprietário foi autuado pelo crime de tráfico de drogas, crime contra as relações de consumo e exercício irregular da profissão de farmacêutico, e encaminhado para o Centro de Detenção Provisória Cachoeiro de Itapemirim.
Com o andamento da investigação, o irmão também foi preso. O delegado Djalma Pereira Lemos, de Itapemirim, informou que ele foi abordado já no município de Rio Novo do Sul, e que ele também estaria desviando medicação para a uma farmácia de sua propriedade, na localidade do Gomes, em Itapemirim.
Já no Gomes, a equipe da Polícia Civil encontrou medicações irregulares e carimbos de outras farmácias dos municípios de Atílio Vivácqua e Piúma. A quantidade de medicamentos apreendidos ainda não foi contabilizada.
O QUE DIZ A PREFEITURA DE ITAPEMIRIM
A prefeitura informou, por meio do secretário municipal de Saúde, Júlio César Carneiro, que percebeu uma rápida saída dos remédios no estoque, mas não suspeitava do desvio. Não suspeitamos porque a procura por remédios é sazonal, então é comum que, em determinadas épocas, eles acabem mais rápido. No entanto, já tinha causado uma estranheza o fato de acabar logo, mesmo a gente seguindo a quantidade populacional do município.
Agora, a prefeitura aguarda a confirmação da Polícia Civil sobre a origem dos medicamentos para reaver o estoque junto ao município e pedir a desvinculação do suspeito junto ao consórcio que presta o serviço de saúde no município.
O secretário disse também que o município já tinha conhecimento de um alvará irregular no Gomes e que foi registrado um boletim de ocorrência junto à Polícia Civil, no início deste mês. Depois da prisão em Mimoso, com possíveis remédios de Itapemirim, o delegado recuperou o boletim do alvará de uma farmácia do Gomes e conseguiu descobrir essas ligações entre os casos.
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