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Pandemia de Covid-19 deixa pousadas vazias no Caparaó

Pandemia de Covid-19 deixa pousadas vazias no Caparaó

O Circuito Caparaó Capixaba vai buscar linhas de crédito, inclusive junto ao setor público, para ajudar a superar a crise provocada pelo novo coronavírus

Publicado em 17 de abril de 2020 às 10:45

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Pandemia deixa pousadas vazias no Caparaó capixaba
Pandemia deixa pousadas vazias no Caparaó capixaba. (TV Gazeta Sul)

As pousadas do Caparaó Capixaba estão vazias devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e os proprietários estão buscando alternativas para superar os prejuízos financeiros. A redução no movimento já chega a quase 100% e alguns estabelecimentos estão praticamente com as atividades interrompidas.

Em Guaçuí, uma pousada modificou a forma de trabalho para tentar superar pelo período difícil. “Devido à quarentena, tivemos como consequência a redução de 98% do nosso movimento. Estamos procurando estratégias para que a perda não seja demasiada, aproveitando o tempo para algumas manutenções necessárias, adiantamos férias de alguns colaboradores e estamos trabalhando com o serviço delivery no restaurante”, explicou o proprietário Luiz Antonio de Paulo.

Pandemia deixa pousadas vazias no Caparaó capixaba
Pandemia deixa pousadas vazias no Caparaó capixaba. (TV Gazeta Sul)

Em Pedra Menina, no município de Dores do Rio Preto, um estabelecimento que está sem faturamento há quase 30 dias, está oferecendo desconto para o cliente fechar uma estadia neste mês e se hospedar após o período de isolamento social.

“Nosso prejuízo realmente é muito grande. A pousada tem quase 30 dias que está sem faturamento nenhum e vai permanecer até que a ordem seja dada para voltar. Então, para minimizar um pouco essa perda, estamos fazendo um desconto de 30% para pagamento no mês de abril e escolher uma data para usufruir dela no decorrer do ano de 2020”, disse José Carlos Thiebaut, que é dono da pousada.

Além das medidas internas, os proprietários de hotéis e pousadas vão buscar uma ajuda extra para superar a grande queda na arrecadação. Segundo presidente do Circuito Caparaó Capixaba, que é formado por pousadas e restaurantes dos municípios de Dores do Rio Preto, Divino de São Lourenço e Guaçuí, Marcelo Sanglard, as dificuldades financeiras no setor começaram em janeiro.

“Através de uma parceria com o Sebrae, nós estamos pleiteando junto aos bancos uma linha de crédito específica, porque que tem muito investimento privado feito na região e o retorno está sendo zero. No momento, estamos com problema de fluxo de caixa em todas as empresas do setor e precisamos de alongar prazos e de umas linhas mais atraentes. É nessa hora que o setor público precisa de aparecer mais”, afirmou Marcelo.

ESPERANÇA VIVA

No entanto, mesmo diante de toda dificuldade econômica, o otimismo e a esperança por dias melhores continuam motivando o trabalho no Caparaó. “A região é muito linda. A gente não pode deixar que esse momento abale toda a beleza que é o Caparaó”, finalizou José Carlos.

Pandemia deixa pousadas vazias no Caparaó capixaba
Pandemia deixa pousadas vazias no Caparaó capixaba. (TV Gazeta Sul)

A região do Caparaó capixaba é conhecida pelo acesso ao Pico da Bandeira e muito procurada pelas belezas naturais, como matas e cachoeiras, e pelo clima mais ameno. Só no Parque Nacional do Caparaó, que está fechado para visitação, passam por ano, cerca de 12 mil pessoas que circulam em toda redondeza.

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