Os municípios atingidos pelas fortes chuvas no Sul do Estado ainda contabilizam os prejuízos e trabalham na limpeza e recuperação dos danos. O número de pessoas fora de casa aumentou para 11.180. Nove pessoas perderam a vida.
A cheia do Rio Itapemirim levou destruição para a maior cidade do Sul do Estado, Cachoeiro de Itapemirim. O município decretou estado de calamidade pública nesta segunda-feira (27). A medida, segundo a prefeitura, permite agilizar os procedimentos para realização de obras e aquisição de bens e serviços para a recuperação da cidade. 649 pessoas estão desalojados e há 516, desabrigados no município. O abastecimento de água foi normalizado nesta segunda (27).
No município vizinho, Castelo, a água baixou nas ruas, mas 1.950 pessoas continuam fora de casa. Segundo a prefeitura, 50 imóveis estão condenados pela Defesa Civil. Doze equipes de limpeza, compostas por funcionários, voluntários, caminhões, máquinas e carros-pipas, estão trabalhando na área urbana do município. No interior, quatro equipes estão trabalhando na desobstrução das estradas e recuperação de pontes.
Em Iúna, foi decretada situação de calamidade pública. A prefeitura estima um prejuízo de 90% no comércio do centro da cidade. O abastecimento de água, segundo a prefeitura, será normalizado até à noite desta segunda-feira (27).
Em Ibitirama o rio Pardo chegou a subir 9 metros. Três pontes foram arrastadas e 20 casas foram destruídas. 100 pessoas ainda estão fora de casa, segundo a prefeitura. O município também decretou estado de calamidade pública.
Vargem Alta teve o interior muito afetado. Há 1.051 pessoas desalojadas e 74 desabrigadas. Os abrigos da cidade são a Escola Estadual Presidente Lüebke, a escola de Pedra Branca; a escola de Vila Maria e a Escola Municipal de Castelinho.
No município, a ES 375, que faz ligação com Iconha, os quilômetros 21 e 26, no distrito de Princesa, estão parcialmente interditados (só é liberada a passagem de um veículo por vez); já na ES 485 (que liga Vargem Alta a Rio Novo do Sul), a interdição na ponte de Virgínia Nova ainda é total. A alternativa para o motorista é o acesso a Rio Novo pela BR 101.
Em Bom Jesus do Norte, a enchente deixou 4.850 pessoas fora de casa. O município está em situação de emergência e ainda tem pontos de alagamento. Os acessos às residências estão sendo feitos por barcos. Equipes do Corpo de Bombeiros estão dando apoio operacional na distribuição de alimentos e no resgate de pessoas, principalmente idosos e acamados.
As estradas da zona rural estão com diversos pontos de retenção com quedas de barreiras. A ponte central que liga a cidade a Bom Jesus do Itabapoana está interditada. A rodovia ES- 484, no trecho que liga Bom Jesus do Norte a São José do Calçado segue interditada. O município está precisando de doações de roupas, roupa de cama, material de limpeza e higiene pessoal, fraudas adulto e infantil, água mineral e leite. As doações estão sendo recebidas no CRAS do bairro Vista Alegre. Mais informações para doação podem ser obtidas nos números (22)99756-4747 ou (22)99931-2680.
No Caparaó, em Irupi, 210 pessoas ainda não puderam voltar para casa. Segundo a Defesa Civil, diversas estradas estão bloqueadas. O município ainda avalia os estragos, pois ainda há localidades ilhadas por conta dos acessos prejudicados no interior.
Em Mimoso do Sul, o distrito de Ponte do Itabapoana continua alagado e o trânsito interrompido na ES 391 que liga Itaperuna, no Rio de Janeiro, ao município. O rio subiu 4 metros e 70 famílias estão desalojadas. O abastecimento de água foi interrompido no distrito. O município precisa de doações de material de limpeza, água e colchões que podem ser entregues na sede da prefeitura.
Em São José do Calçado, 18 famílias estão desalojadas. No município, a ES 185 na localidade de Café está interditada próximo ao trevo por conta da queda de uma barreira.
Em Alegre, segundo a Defesa Civil, 600 pessoas estão desabrigadas e 1.200, desalojadas. Sete pontes foram danificadas. O município decretou situação de emergência e pede auxílio humanitário com doações, principalmente, de água mineral, fraldas, alimentos, produtos de higiene pessoal, material de limpeza e colchões.
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