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Última das 47 vítimas de acidente com ônibus segue internada no Sul do ES

Última das 47 vítimas de acidente com ônibus segue internada no Sul do ES

Acidente aconteceu na ES 164, em um trecho conhecido como Curva da Morte, em Cachoeiro de Itapemirim. Motoristas que passam pela rodovia pedem que obras sejam realizadas para evitar novas tragédias

Publicado em 12 de novembro de 2019 às 11:47

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Marcas de acidentes nas margens da serra de Soturno. (TV Gazeta Sul)

As marcas das tragédias que já aconteceram na ES 164 continuam às margens da rodovia, que é conhecida pela quantidade de acidentes, principalmente no trecho conhecido como Curva da Morte. O último grave acidente registrado na região, chamada de Serra de Soturno, foi no dia 2 deste mês, quando um ônibus tombou e deixou quatro mortos e 47 feridos, entre adultos e crianças.

Menina é retirada de ônibus acidentado na região de Soturno, Cachoeiro de Itapemirim. (Reprodução / internauta)

Os passageiros – que seguiam de Belo Horizonte para uma praia no município de Itapemirim – foram atendidos em hospitais de Cachoeiro de Itapemirim e, nesta segunda-feira (11), apenas uma pessoa continuava internada no Hospital Santa Casa de Misericórdia, em situação estável, mas sem previsão de alta.

No entanto, quem passa pela rodovia com frequência pede melhorias que evitem novas tragédias na rodovia. Em 2017, representantes das prefeituras de Vargem Alta e de Cachoeiro de Itapemirim, junto ao Departamento de Estradas e Rodagens do Estado (DER-ES), estiveram no local em busca de soluções.

MELHORIAS

O então diretor do DER-ES disse, na ocasião, que o órgão estava com estudos em andamento para construir áreas de escape e informou que havia a intenção de transformar a via em binário, com outras rodovias existentes. Assim, a ES 164 se tornaria mão única na subida e uma outra via seria mão única no sentido oposto, na descida.

Ainda na ocasião, um engenheiro de São Paulo esteve na época visitando a rodovia e disse que a região tem condição topográfica adequada para se fazer, com um custo, viável a área de escape. Já um outro trecho é um pouco mais complicado, e teria que ter uma construção de viaduto ou retificação do traçado da rodovia.

Radar instalado na rodovia da serra de Soturno. (TV Gazeta Sul)

Mesmo com as promessas, quem passa pelo local afirma que não encontra nenhuma melhoria sendo feita. O DER-ES  informou que instalo ao longo da rodovia, sete equipamentos de fiscalização eletrônica (radares): dois deles nos quilômetros 348,6 e 349,2, próximos à descida da Curva da Morte. Para o motorista Joacir Duarte Lopes, que passa frequentemente pela rodovia, os radares não são suficientes. “O radar sozinho não resolve, porque não freia os carros. É preciso buscar uma solução melhor”, questiona.

“A alternativa que tem, ninguém quer mexer. Tem que fazer a caixa de brita (área de escape) porque esse risco de acidente vai sempre acontecer. O caminhão já vem embalado lá de cima. Quando chega ali, muitas vezes já não tem mais jeito. E a impudência também ajuda, a gente sabe disso”, afirma o motorista Sebastião Maganha.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES) ressaltou também que os sete quilômetros da Serra do Soturno ficam em um trecho muito sinuoso, que requer atenção redobrada dos motoristas por conta de sua inclinação. O motorista Luiz Carlos Fiorio concorda. “Tem muita gente imprudente. Se a pessoa descer a serra em velocidade reduzida, o freio não esquenta e a pessoa vai descer tranquila na rodovia. Mas alguns abusam da velocidade e não conseguem frear", relata.

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Ultrapassagem proibida na serra de Soturno. (TV Gazeta Sul)

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