O Teatro Rubem Braga, um dos mais importantes pontos culturais do Sul do Espírito Santo, foi castigado pela enchente que devastou Cachoeiro de Itapemirim no dia 25 de janeiro de 2020. A água e a lama tomaram conta das cadeiras da plateia, além de equipamentos de som, incluindo o piano, que ficou submerso até a altura do teclado. Um ano depois, o espaço segue sem reforma nem previsão de reabertura.
Segundo a Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, no ano passado a equipe da Secretaria Municipal de Modernização e Análise de Custos (Semmac) elaborou um projeto arquitetônico para a restauração do espaço, com a preocupação de garantir a acessibilidade do teatro e dando prioridade às melhorias necessárias para o funcionamento.
Para a restauração sair do papel são aguardados recursos que auxiliem nos custos do projeto, estimado em um milhão de reais. O tema foi pauta do encontro do prefeito Victor Coelho e do vice-prefeito Ruy Guedes, em reunião nessa segunda-feira (25) com o secretário estadual de Cultura Fabrício Noronha. As maiores demandas em termos de recuperação, segundo Victor, dizem respeito a mobiliário, iluminação, reforma do camarim e acessibilidade. Mas segue sem previsão de investimentos.
Localizado na Avenida Beira Rio, às margens do Rio Itapemirim, o teatro já chegou a receber 35 mil expectadores por ano. Em abril, o espaço que leva o nome do cronista cachoeirense Rubem Braga, completou 20 anos, mas as comemorações foram de portas fechadas. A data foi comemorada por artistas da terra com apresentações virtuais.
Sensibilizado com a destruição do ponto cultural pela enchente, um afinador de instrumentos musicais fez o restauro de um do piano de calda. Ronaldo Castro conta que já fazia a afinação do instrumento.
“O piano hoje está no colégio Zilma Coelho, em Cachoeiro. Vi postagens da enchente nas redes sociais e fiquei recordando. Num momento como esse todos precisamos dar nossa contribuição. E eu precisava dar a minha no meio dessa tragédia”, disse o profissional que restaurou o bem gratuitamente.
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