Uma jovem de 25 anos provocou um acidente após perder o controle da direção do carro e bater em um muro e um portão entre duas casas no bairro Jardim Tropical, na Serra, por volta de 21h de quarta-feira (26). No local, Elimara Paula da Silva informou que havia ingerido bebida alcoólica e tomado remédios antes de dirigir. Conforme boletim de ocorrência da Polícia Militar, a motorista estava com vários sinais de embriaguez, como odor etílico, fala alterada, dificuldade de equilíbrio, olhos vermelhos e sonolência.
Segundo boletim de ocorrência da PM, quando os militares chegaram ao local, o veículo – um Kia Cerato – estava batido entre o muro e o portão, e Elimara estava sendo atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ela se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas ficou constatada a alteração da "capacidade psicomotora". Ainda segundo relato dos policiais, a jovem não tem Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Elimara foi encaminhada para a Delegacia Regional da Serra. O veículo foi removido para um pátio, porque estava com o licenciamento atrasado desde 2021.
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil informou que a conduzida foi autuada em flagrante por embriaguez ao volante e desacato, e depois encaminhada ao sistema prisional.
Durante a manhã desta quinta-feira (27), Elimara Paula da Silva esteve no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para passar por exames antes de ser encaminhada ao presídio. A repórter Daniela Carla, da TV Gazeta, esteve no local e perguntou à motorista se ela havia bebido antes de dirigir e questionou que, com a atitude, ela poderia ter tirado a vida de alguém. A jovem ficou em silêncio em um primeiro momento, mas chegou a responder os jornalistas: "Pena que não morreu, né?!".
Novamente questionada pelos jornalistas, a motorista que causou o acidente na Serra afirmou que não estava presa, alegando que estava "indo embora".
"Eu não quero que vocês me filmem. Aqui é corpo de delito. Não estou presa. A versão da polícia é uma, a minha versão é outra. Quem sabe o que aconteceu sou eu que estava lá. Minha vida não te interessa", disse aos jornalistas que estavam no local nesta quinta-feira.
Demandada por A Gazeta, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), responsável por monitorar o sistema prisional, informou que Elimara deu entrada no Centro Prisional Feminino de Cariacica nesta quinta-feira, e disse que não consta registro anterior de prisão da jovem.
A casa em que o veículo bateu na noite de quarta-feira (26) é de propriedade da moradora Elizabeth da Fonseca. Em entrevista à TV Gazeta, ela lamentou o acidente e afirmou não ter condições de pagar pela reforma do local. O prejuízo calculado é de R$ 5 mil. Elizabeth contou que a dona do carro demonstrou a intenção de pagar pelo estrago causado.
"No momento agora não tenho condições de bancar essa obra aqui. E a dona do carro disse que vai bancar. Então vou esperar, espero que ela venha bancar mesmo", afirmou.
A reportagem voltou a perguntar às polícias quem é a dona do carro. Em uma nova demanda, A Gazeta ainda perguntou sobre uma possível autuação da dona do carro. De acordo com apuração da repórter Daniela Carla, da TV Gazeta, uma amiga teria emprestado o carro para Elimara, que causou o acidente. Emprestar o carro para um indivíduo sem CNH e em estado de embriaguez pode levar à proprietária a responder na Justiça. A Polícia Civil, porém, informou apenas que a única pessoa levada para a delegacia foi a condutora do carro, sem citar a dona do veículo.
A condutora de 25 anos e a dona do carro estavam em um bar próximo ao local do acidente. Em determinado momento, Elimara resolveu dirigir o carro. Antes de bater no muro e no portão, ela ainda teria, segundo testemunhas, batido em outros carros e quase atravessado o canteiro central.
Ruth Miranda, que é dona de uma das casas atingidas, também falou sobre o acidente: "Eu estava sentada. Aí tomei um susto, comecei a tremer, tremer, tremer, quase desmaiei. Gritei por socorro".
A moradora Viviane Pinheiro afirmou que precisou improvisar para passar pelo local após o acidente. "Ficou exposto vergalhão, algumas pedras. Ainda [tínhamos] medo de o telhado cair", completou.
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