Mais da metade das rodovias que cortam o Espírito Santo apresentam algum tipo de problema, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (22) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Entre as vias estaduais e federais, 52,9% apresentam algum tipo de problema e são consideradas regulares, ruins ou péssimas. A situação das rodovias capixabas acompanha o cenário nacional, uma vez que a qualidade das estradas brasileiras também piorou no último ano.
A piora no estado das rodovias do Espírito Santo deve-se, sobretudo, a problemas ligados à geometria da via, segundo a pesquisa. Por aqui, 90,1% das vias são simples (não têm faixa dupla), 74,5% da extensão é deficitária e falta acostamento em 47,4% dos trechos avaliados. Nos trechos com curvas perigosas, em 41,8% não há acostamento nem defensa. São 14 trechos classificados como "regulares" e outros quatro classificados como "ruins". Ao todo, foram analisadas as 26 rodovias estaduais e federais no Espírito Santo. Veja.
1 - Trecho da ES 080 na altura de Barra de São Francisco;2 - ES 137 na altura de Nova Venécia e São Gabriel da Palha; 3 - BR 381 na altura de São Mateus;4 - BR 259 em Colatina;5 - ES 446 na altura de Bairo Guandu;6 - ES 164 na altura de Colatina;7 - ES 355 na altura de Santa Maria de Jetibá;8 - ES 264 na altura de Cariacica;9 - Trecho da ES 080 na altura de Cariacica;10 - ES 010 na altura da Serra;11 - BR 482;12 - BR 484;13 - BR 393;14 - ES 488.
1 - BR 342 em Ecoporanga ;2 - ES 381 na altura de Nova Venécia e em Barra de São Francisco;3 - ES 164 na altura de Santa Maria de Jetibá;4 - ES 261 na altura de Santa Maria de Jetibá.
A pavimentação é outro problema das rodovias capixabas. Quase metade das vias avaliadas (47,4%) não estão em boas condições. O pavimento ruim gerou um aumento de 25,9% no custo operacional do transporte, o que reflete no preço dos produtos que chegam aos capixabas. Além disso, estima-se que em 2019 haverá haverá um consumo desnecessário de 10,7 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento.
Um ponto positivo apontado pela pesquisa diz respeito à sinalização das rodovias capixabas, com 77,9% das vias consideradas ótimas ou boas nesse quesito. Nesse sentido, a faixa central é inexistente em apenas 1,9% da extensão e as faixas laterais são inexistentes em 2,7% das rodovias avaliadas.
De acordo com a CNT, para recuperar as rodovias no Espírito Santo, com ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução, são necessários R$ 493,08 milhões. O valor é bem superior ao que foi liberado pelo governo federal, em 2019, para investimentos em infraestrutura das rodovias do Espírito Santo. Dos R$ 145,46 milhões liberados para investimento esse ano, apenas R$ 53,78 milhões foram gastos, até setembro, com melhorias nas vias capixabas, de acordo com confederação.
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