> >
Protesto de ex-funcionários da Braspérola bloqueia uma faixa da BR 101 em Viana

Protesto de ex-funcionários da Braspérola bloqueia uma faixa da BR 101 em Viana

Ex-trabalhadores da empresa cobram pagamento de rescisões contratuais; a PRF permaneceu no local para a liberação da faixa

Publicado em 30 de agosto de 2021 às 11:23

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Protesto de ex-funcionários da Braspérola interrompe faixa da BR 101
Protesto de ex-funcionários da Braspérola interrompeu faixa da BR 101. (Divulgação/PRF)

Um protesto de ex-funcionários da Braspérola bloqueou uma faixa da BR 101, na altura do quilômetro 297, em Viana, em frente ao antigo terreno da empresa. Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estiveram no local, onde cerca de 30 manifestantes, segundo a corporação, ocuparam uma das duas pistas. A rodovia foi liberada às 11h30 e o protesto foi finalizado.

Segundo o ex-funcionário da Braspérola, João Moreira, eles reivindicavam o pagamento de dívidas trabalhistas, como rescisão de contratos e adicionais de insalubridade. "Nossa reivindicação é que o nosso protesto chegue até as autoridades para que eles resolvam a situação do direito trabalhista, que está há 20 anos na Justiça. A gente nunca obteve êxito, só propostas e mais nada", disse.

O protesto teve início às 9h30 e, segundo João Moreira, não possuía prazo para ser finalizado. A intenção dos manifestantes era também interromper uma das pistas no sentido Vitória, o que não chegou a acontecer. A PRF informou que viaturas estivarem no local e negociaram com os manifestantes a liberação da rodovia, que aconteceu às 11h30. Não houve desvio no trecho e o protesto foi finalizado.

FALÊNCIA E DÍVIDAS

A Braspérola foi uma empresa ícone na produção de linho no mundo e exportava seus produtos principalmente para a França. Contudo, no final da década de 1990 e começo dos anos 2000, por problemas financeiros, o complexo de Cariacica, que produzia linho fino, foi fechado. Em 2001, a empresa fechou as portas e dispensou 670 funcionários. Em 2005, a falência foi decretada pela Justiça. 

O processo de falência corre na Vara de Recuperação Empresarial e Falência de Vitória. Uma lista com o nome dos credores foi divulgada pela Justiça em dezembro de 2017. Só de credores trabalhistas, são cerca de 1.700 ex-funcionários e aproximadamente R$ 5 milhões em dívidas. Os montantes devidos são valores como insalubridade e restos de rescisão de contratos que não foram pagos.

Errata Atualização
30 de agosto de 2021 às 13:15

A rodovia foi liberada às 11h30 e o protesto foi finalizado.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais