Com o novo protesto dos rodoviários em Vitória na manhã desta terça-feira (05), que deu sequência à manifestação desta segunda-feira (04), o trânsito na região do Centro ficou bastante congestionado. O protesto terminou por volta das 13h.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários), as manifestações serão frequentes enquanto os cobradores não retornarem aos postos de trabalho. "Enquanto o pessoal (cobradores) não voltar para a roleta, as manifestações vão ser feitas cada vez mais. Só vai aumentar o movimento", declarou o representante jurídico da categoria.
Os rodoviários, que começaram o ato em frente à praça de Jucutuquara, seguiram pela entrada da Curva do Saldanha até o Palácio Anchieta. Veja vídeo mostrando a situação do trânsito:
A categoria protesta pedindo a volta dos cobradores para dentro dos ônibus. Os cobradores estão afastados da função desde maio, quando o governo do Estado passou a aceitar apenas o cartão de passagem como forma de pagamento, justificando que o dinheiro físico é um vetor de transmissão do coronavírus.
Os mais de 3,5 mil profissionais afastados foram incluídos no programa de redução ou suspensão da jornada de trabalho do governo federal. Com o fim do programa, eles podem voltar ao trabalho, mas em outras funções. Segundo o governo do Estado, o afastamento dos cobradores está atrelado ao fim da pandemia de coronavírus.
De acordo com informações da TV Gazeta, representantes do Sindirodoviários estão reunidos com uma equipe do governo do Estado para discutir as reivindicações da categoria.
Procurado pela reportagem de A Gazeta, o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) informou, por nota, que apesar do fim do auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal em 31 de dezembro de 2020, o governo do Estado editou a portaria 045-S em 28 do mesmo mês, suspendendo a atividade dos cobradores em razão da obrigatoriedade do pagamento eletrônico da passagem e para resguardar a saúde deles e dos passageiros.
"Dessa forma, ressaltamos que não haverá qualquer prejuízo aos colaboradores que, embora não cumprirão jornada de trabalho nos coletivos, pois permanecerão afastados, eles receberão integralmente seus salários e benefícios previstos no acordo coletivo de novembro/2020. Destacamos que esses trabalhadores possuem garantia provisória no emprego, conforme a Lei n.º 14.020/2020", afirmou o posicionamento do sindicato patronal.
Acionada pela reportagem de A Gazeta, a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) esclareceu que a "categoria tem garantia de 20 meses de estabilidade assegurados" e que os cobradores "estão recebendo integralmente seus salários". Além disso, garantiu que estão sendo ofertados cursos de requalificação e reforçou que o afastamento dos trabalhadores é determinado pelo decreto "de emergência em saúde pública no Estado do Espírito Santo, que estabelece medidas sanitárias e administrativas para prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos decorrentes do surto de Covid-19".
Sobre a reunião realizada nesta terça-feira (5), a pasta afirmou que "a pauta de reivindicações será analisada".
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