O início da manhã desta quarta-feira (17) é de caos no trânsito e exige paciência dos motoristas e passageiros de ônibus que passam pela região de Carapina e adjacências, entre Serra e Vitória. De acordo com a Prefeitura da Serra, equipes de trânsito estão no local para minimizar os efeitos do congestionamento causado por um protesto feito por comerciantes que trabalham no Terminal de Carapina.
Segundo apuração do repórter André Falcão, da TV Gazeta, a manifestação reuniu comerciantes que trabalham em quiosques do Terminal de Carapina. A demanda, segundo eles, é por um novo local de trabalho, uma vez que uma decisão da Justiça obrigado a saída dos comerciantes do terminal. Sobre isso, a Prefeitura da Serra informou que está em fase de elaboração do projeto e que posteriormente haverá licitação para a obra.
Leitores de A Gazeta registaram em imagens que a situação deixa pontos de ônibus lotados. O resultado é que os capixabas precisam esperar mais do que o normal para chegarem ao trabalho, por exemplo.
De acordo com mapas e aplicativos que monitoram o trânsito, há lentidão, principalmente:
Em nota enviada à reportagem, a Prefeitura da Serra informou que agentes de trânsito estão no local. A Polícia Militar informou durante a manhã que equipes acompanham um protesto que acontece, no bairro Rosário de Fátima, na Serra. Por conta da manifestação, segundo a PM, a Avenida Norte Sul teve o fluxo de veículos afetado.
Cerca de cinco horas após ser procurada, a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb) informou que a desocupação voluntária dos quiosques deveria ter sido feita em novembro de 2022, conforme acordo firmado entre a companhia, a Defensoria Pública e a Associação dos modulistas. Em nota, a Ceturb considerou que a ocupação dos comerciantes é "absolutamente irregular".
A Ceturb-ES informa que a manifestação ocorrida no Terminal de Carapina na manhã desta quarta (17) é realizada por modulistas dos terminais de integração da Grande Vitória.
Ao longo de 20 anos foram promovidos vários acordos entre a Companhia e os modulistas. Vale pontuar que a ocupação exercida por eles é absolutamente irregular e contrária ao interesse público objetivado nos terminais de integração da Grande Vitória.
Frisa-se também que os modulistas, possuem um Termo de Permissão, a título precário, que não se encontra mais em condições de vigência para atuação nos terminais. Além disso, padecem de inadimplência quase absoluta, sendo que estas contas se referem a valores de aluguel, energia elétrica e água. Há notícias de venda de produtos ilegais e de utilização indevida dos módulos. Ainda assim, eles se recusam a deixar os espaços dos terminais.
Além do mais, os manifestantes não respeitam o regulamento de convivência dos Terminais e descumprem reiteradamente as solicitações da Ceturb/ES. Consequentemente, atrapalham o desenvolvimento das atividades necessárias à regular operação do Transporte Coletivo de Passageiros da Grande Vitória.
Em acordo firmado com a Defensoria Pública, Associação dos modulistas - ACOMTUR e a Ceturb/ES, a desocupação voluntária deveria ter sido realizada desde 04 de novembro de 2022, o que não ocorreu.
Há diversas ações objetivando a reintegração de posse dos espaços reclamados pelos manifestantes, entretanto, aguardam ainda provimento jurisdicional, com exceção das ações já vencidas pela Companhia.
A Ceturb/ES se opõe veementemente a quaisquer situações de irregularidades no que diz respeito à ocupação dos terminais pelos modulistas e não compactua com as atividades exercidas nos moldes atuais.
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