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Rodoviários fazem novo protesto em Vitória pela volta de cobradores

Rodoviários fazem novo protesto em Vitória pela volta de cobradores

O grupo seguiu em passeata da Ufes até a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura do Governo do Estado (Semobi). A manifestação foi encerrada por volta das 17h10 com o embarque de passageiros sem a cobrança da passagem

Publicado em 6 de janeiro de 2021 às 16:11- Atualizado há 4 anos

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Jardim da Penha, Ponte da Passagem
Protesto dos rodoviários segue para a Reta da Penha. (Divulgação | Sindirodoviários)

Após liberar as catracas de alguns terminais rodoviários da Grande Vitória pela manhã, os rodoviários voltaram a protestar na tarde desta quarta-feira (6). Este foi o terceiro dia de protestos da categoria. A nova manifestação começou por volta das 15h20, em frente da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Jardim da Penha. Por volta das 16h, o movimento já chegava à Reta da Penha ocupando duas faixas da via. O objetivo dos manifestantes era seguir até a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura do Governo do Estado (Semobi), na Praia do Canto.

A manifestação foi encerrada por volta das 17h10 com o embarque de passageiros sem a cobrança da passagem. "Estamos liberando os ônibus e colocando os passageiros dos pontos que ficam aqui perto da Semobi para entrar de graça", disse um representante do sindicato.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários), a categoria, que chegou a ocupar um dos sentidos da Ponte da Passagem, pede a volta dos cobradores para as roletas dos coletivos.

Os cobradores estão afastados da função desde maio de 2020, quando o governo do Estado passou a aceitar apenas o cartão de passagem como forma de pagamento, justificando que o dinheiro físico é um vetor de transmissão do novo coronavírus.

Os mais de 3,5 mil profissionais afastados foram incluídos no programa de redução ou suspensão da jornada de trabalho do governo federal. Com o fim do programa, eles podem voltar ao trabalho, mas em outras funções. Segundo o governo do Estado, o afastamento dos cobradores está atrelado ao fim da pandemia da Covid-19.

Reta da Penha
Protesto segue pelo terceiro dia na Capital. (Divulgação | Sindirodoviários)

Em nota, a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES) informou que o sistema esteve funcionando ao longo do dia, apesar de terem sido esperados atrasos nas linhas que passam pela Reta da Penha, por conta da retenção que houve no trânsito.

Também acionada, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana da Prefeitura de Vitória informou que a manifestação dos rodoviários saiu da Avenida Fernando Ferrari e seguiu, por volta das 16h30, pela Reta da Penha, com duas faixas sendo ocupadas pelo protesto. A faixa da esquerda estava liberada para o tráfego de veículos.

A Polícia Militar informou que militares acompanharam a manifestação e que cerca de 60 pessoas participaram do protesto.

Demandada pela reportagem, a GVBus ainda não se manifestou. Esta publicação será atualizada quando houver resposta.

ENTENDA A ONDA DE PROTESTOS

Reivindicando o retorno da atuação dos cobradores nos coletivos, os rodoviários do Sistema Transcol realizaram protestos na Grande Vitória desde a manhã de segunda-feira (4), quando os rodoviários impediram a saída dos ônibus das garagens das empresas. Por volta das 15h, os colaboradores se reuniram na Avenida Vitória, em frente à Fábrica de Ideias, e foram em passeata até o Palácio Anchieta, sede do governo estadual, no Centro de Vitória. O protesto só terminou por volta de 17h30.

Segundo a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb/ES), 420 mil pessoas, que são usuárias do transporte público na Grande Vitória, foram afetadas pela manifestação de segunda-feira (04). Houve atrasos e suspensões na maioria das viagens.

Os rodoviários temem o fim da validade da Medida Provisória Federal que garantia a manutenção dos empregos dos cobradores enquanto eles permanecem afastados em função da pandemia do coronavírus. O temor da categoria com o fim da MP é de que ocorra demissão em massa, segundo o diretor do Sindirodoviários, Wagner Fernandes Vieira.

REUNIÃO

De um lado, o Sindirodoviários pede a volta dos associados à roleta dos coletivos para dar fim às manifestações. De outro, o Estado garante que esses profissionais têm estabilidade e possuem à disposição cursos de requalificação para poderem ser reaproveitados no sistema de transporte público.

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