Os três torcedores que morreram em acidente de van que voltava de um jogo do Corinthians, em Minas Gerais, eram moradores da Grande Vitória. Paulo Vitor Ferreira Silva, de 32 anos, Antônio Messias Júnior, 37 anos, e Edvaldo dos Santos Sousa Neto, sem idade revelada, estavam com um grupo da Gaviões da Fiel quando a van teria invadido a contramão e bateu em um ônibus, neste domingo (8), segundo a Polícia Rodoviária Federal.
O veículo passava pela BR 262, no trevo de Ibatiba, na Região do Caparaó do Espírito Santo, no momento do acidente. Além das três vítimas, outras dez pessoas, segundo a PRF, ocupavam o veículo e estão em hospitais da região metropolitana e também do Caparaó. Os nomes dos feridos não foram divulgados.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o tempo estava firme, e a rodovia em plenas condições de uso, sem qualquer tipo de interdição quando a batida aconteceu.
O Corinthians lamentou, em postagem nas redes sociais, o acidente envolvendo um ônibus e uma van com torcedores do time, e afirmou que se solidariza com os familiares. Uma diretora de projetos da Gaviões da Fiel, uma das principais torcidas do clube paulista, confirmou que a organizada vai custear os gastos, incluindo o velório e o enterro dos torcedores que morreram.
Segundo a PRF, na van viajavam 12 passageiros, torcedores do Corinthians. Dois morreram no local da batida e um, a caminho de um hospital de Ibatiba. Nove feridos no veículo foram resgatados e levados a hospitais. No ônibus, que era alugado, apenas o motorista reserva do coletivo se feriu, quebrando a perna.
O Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foram acionados. De acordo os militares, todos os ocupantes da van ficaram presos no veículo. Assim que as vítimas iam sendo desencarceradas, as equipes do Samu faziam as imobilizações e o encaminhamento para os hospitais da região.
A informação do Hospital Santa Casa de Iúna é de que dois homens foram encaminhados à unidade com fraturas. Eles aguardam transferência para outra unidade hospitalar. As demais vítimas foram levadas para o Hospital Padre Máximo, em Venda Nova do Imigrante (três pessoas); Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim (duas pessoas); Hospital Estadual de Urgência Emergência (Heue), em Vitória, e Pronto Atendimento de Ibatiba.
A Polícia Científica (PCIES) disse que a perícia foi acionada na madrugada desta segunda-feira (8), por volta das 3h45, e os corpos foram encaminhados ao Serviço Médico Legal (SML) de Venda Nova do Imigrante. A Polícia Civil (PCES) informa que a investigação da Delegacia de Polícia (DP) de Irupi está em andamento para apurar as circunstâncias do acidente.
A excursão saiu de Vitória, com torcedores de municípios capixabas para o jogo. Segundo informações do Movimento Sociocultural Esportivo Fiel Espírito Santo, sede oficial do time no Estado, que fica no município de Serra, os torcedores do Corinthians viajaram na van para assistir ao duelo no Mineirão. Eles aguardam mais informações sobre as vítimas para divulgar às famílias.
Em nota, a Cleitonbus Transporte Turismo, empresa responsável pelo ônibus, informou que está acompanhando a situação e lamentou o ocorrido. A empresa explicou que vem dando total suporte aos passageiros e motoristas envolvidos, e que o motorista reserva que se feriu foi encaminhado ao Hospital João XXIII e não possui ferimentos graves. Os demais passageiros seguiram viagem em outro veículo, com previsão de chegarem ao destino por volta de 13h.
A Cleitonbus se colocou à disposição das autoridades locais para ajudar nas investigações e reforça seu compromisso com a segurança. A empresa confirma que o ônibus estava em velocidade compatível com a via, sendo um veículo novo, em bom estado de conservação, equipado com telemetria, e com as devidas licenças, inclusive da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em dia - assim como a documentação do motorista, que estava regular, sem histórico de sinistros. O ônibus, segundo a empresa, era alugado.
A Buser, plataforma de viagens de ônibus, se manifestou em nota e também lamentou o acidente com o ônibus da empresa de fretamento Cleitonbus.
"A plataforma informa que, ao lado da operadora parceira, vem prestando todo o apoio aos passageiros que estavam a bordo do ônibus e contribuindo com os esclarecimentos junto às autoridades locais. A segurança é uma das premissas fundamentais para a plataforma, por isso ela adota uma série de medidas como a instalação de equipamentos para controlar a velocidade dos veículos parceiros - item que havia no ônibus da Cleitonbus -, além de equipe de monitoramento 24 X 7 e um rigoroso controle de qualidade das empresas parceiras, incluindo avaliação documental das fretadoras e motoristas, visitas às garagens para validação da infraestrutura do operador e oferecimento de reciclagem aos motoristas".
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