Um carro começa a pegar fogo de repente, enquanto trafega na Avenida Adalberto Simão Nader, em Vitória: essa é a cena registrada pela câmera de segurança de uma loja de computadores, no início da tarde desta sexta-feira (30). As imagens mostram que, diferentemente do que havia sido apontado, o incêndio não foi consequência de uma batida.
Inicialmente, a Guarda Municipal de Vitória informou que o veículo teria ficado em chamas "após colisão em frente à entrada do novo aeroporto da capital, por volta de 12h30". O motorista morreu queimado, depois de não conseguir sair do automóvel. Ele foi identificado como Ricardo Portugal, um empresário do ramo de tecnologia, de 38 anos.
Em entrevista concedida durante a tarde, o Corpo de Bombeiros garantiu que a suspeita de que o veículo fosse movido a gás não procede. "O que a gente tem, de fato, é que o carro explodiu em movimento. Nós ainda não sabemos dizer o porquê dessa explosão. Isso quem vai descobrir é a nossa perícia", explicou o Capitão Pedroni.
De acordo com os bombeiros, "as chamas tomaram o veículo rapidamente e algumas pessoas tentaram retirar o motorista, sem sucesso". A equipe que trabalhou no local realizou o combate do incêndio, que estava extinto por volta das 13h40, e constatou que a vítima se encontrava em óbito, com o corpo carbonizado.
Comerciantes e moradores do bairro República, que estavam próximos ao local do acidente, disseram ter ouvido um barulho alto de explosão. Quando foram para as ruas ver o que estava acontecendo, já encontraram o automóvel, do modelo Jeep Compass, tomado pelas chamas. As tentativas de socorro foram em vão.
Para que fosse possível prestar o serviço adequadamente e de forma segura pelas autoridades, o local foi isolado. Consequentemente, a Avenida Adalberto Simão Nader ficou parcialmente interditada durante a tarde. De acordo com a Guarda Municipal de Vitória, a via foi liberada por volta das 18h.
Por meio de nota, a Polícia Civil afirmou que o corpo da vítima foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser feito o exame cadavérico, que apontará a causa da morte, e ser liberado para os familiares. A PC ainda comunicou que não tem autorização para passar informações sobre identificação e liberação de corpos, e que isso só é informado com autorização das famílias das vítimas. Segundo a corporação, o local do incêndio foi periciado e o prazo para a conclusão do laudo é de 30 dias.
Também por meio de nota, a Fiat Chrysler Automóveis grupo ao qual a marca Jeep pertence informou que está "acompanhando o caso de perto" e que aguarda os resultados da perícia técnica para se manifestar sobre as causas do acidente. "Todos os produtos são projetados dentro dos mais rigorosos padrões técnicos internacionais de segurança", garantiu a FCA.
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