Estúdio Gazeta
OAB-ES
A pandemia trouxe uma série de mudanças para o cotidiano das pessoas, mas muitos já começam a se perguntar como estará o mundo após esse período. E é nesse contexto que advogadas e advogados devem se preparar para entender a sociedade e seus conflitos nesse novo formato, afirma o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Espírito Santo (OAB-ES), José Carlos Rizk Filho.
“As novas relações complexas no mundo pós-pandemia vão exigir o trabalho de um advogado ou advogada. E, para isso, é preciso que esse profissional esteja preparado para essas mudanças. A profissão veio passando por vários desafios e, hoje, o profissional do Direito já não é apenas um ajuizador de ações. Ele é hoje um solucionador de problemas”, observou Rizk, durante live transmitida em A Gazeta.
Com visão nesse futuro - e também presente - do Direito, a Ordem tem investido em opções para que os advogados e advogadas possam estar por dentro das mudanças que acontecem, conforme explicou o diretor-presidente da Escola Superior de Advocacia (ESA-ES), Alexandre Zamprogno.
“Este ano, recuperamos um projeto antigo, que há mais de 10 anos não havia sido viabilizado, que é a estruturação de cursos de pós-graduação elaborados pela própria ESA. Dessa forma, preparamos o advogado para as demandas do dia a dia, com base no que os próprios profissionais desejam aprender, de acordo com as tendências do mercado”, contou Zamprogno.
Entre essas tendências, a advogada nas áreas do Direito de Família e Sucessões e do Direito Digital e também secretária adjunta da Comissão da Jovem Advocacia, Tainá Coutinho Guimarães dos Santos, afirma que o Direito Digital está em plena expansão. “Quase todo mundo está na internet e as pessoas ainda não entendem que ali não é uma ‘terra sem lei’. Além disso, esse nicho é tão grande e complexo, que o advogado pode se especializar em diversos ramos do Direito Digital”, avaliou.
Uma das principais ações da Ordem, nesse sentido, de contribuir para a formação contínua e a permanência do advogado ou advogada na profissão, é a atenção dada aos jovens profissionais, no início de carreira. “Acolhemos os recém-formados e damos oportunidades para que possam definir a sua carreira, principalmente com os cursos da ESA, que possuem desconto para os profissionais que estão começando na profissão. Temos também, para os advogados mais velhos, cursos direcionados a eles e até mesmo um laboratório de informática para atender às suas necessidades”, ressaltou o diretor-presidente da ESA.
Somente neste ano, segundo Zamprogno, foram realizadas cerca de 70 mil inscrições em cursos e lives realizados pela ESA. “Em algumas dessas lives, tivemos mais de três mil pessoas simultaneamente, o que mostra o interesse dos profissionais. Nosso foco é sempre trabalhar algo específico que o advogado vai precisar no seu dia a dia e a função específica da OAB-ES é prepará-los por meio da ESA”, afirmou.
A inserção no mercado de trabalho pode ser vista com dificuldade para quem está iniciando a carreira, portanto, a secretária adjunta da Comissão da Jovem Advocacia aconselha que os jovens profissionais busquem as comissões temáticas dentro da própria OAB. “A Jovem Advocacia se reúne semanalmente, com práticas importantes da advocacia e o jovem advogado precisa saber além disso, pois ele precisa ter boa oratória, saber precificar. Portanto, é preciso que busque a Ordem para saber os cursos de capacitação que estão sendo realizados”, observa.
O presidente da OAB também lembrou do Meu Escritório, uma das ações realizadas pela Ordem, que consiste em escritórios físicos para que o jovem advogado e advogada em início de carreira tenha uma base por onde começar para receber seus clientes. São várias salas já prontas na Grande Vitória e também no interior do Estado. “A OAB-ES não quer que o advogado desista da profissão”, afirma.
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