Estúdio Gazeta
Casa do Torresmo
Se a vida lhe der limões, dá-lhe torresmo. Pelo menos, foi o que pensou João Bosco Wandekoken. Dono de um antigo kilão em Jacaraípe, ele decidiu aproveitar a carne de porco que não tinha saída entre os clientes e vender para os quiosques da região servirem em porções ou acompanhamento. O sabor pegou, a receita fez sucesso, e, assim, foi fundada a Casa do Torresmo, a primeira franquia desse tipo de petisco no Brasil.
“Foi há mais de 20 anos e durante esse tempo desenvolvemos as receitas a partir do aprendizado acumulado. Nossa primeira loja foi em Jacaraípe e, quando sentimos que o nome já era conhecido, abrimos a rotisseria para começar o processo de franquia. Foi aí que o torresmo virou o nosso carro-chefe”, revela João Bosco.
Com 11 lojas no Espírito Santo e três unidades em São Paulo, a Casa do Torresmo cresceu. Mas se engana quem pensa que a franquia é dona de um sucesso só. “Antigamente, eu também fazia muita linguiça para vender, então tivemos a ideia de fazer bolinhos. Chegamos em uma receita com sabores especiais e hoje a aceitação é enorme”, relembra o fundador.
Nessa busca por diferentes temperos e formas de preparo, novas versões do torresmo surgiram. O maçaricado com goiabada, por exemplo, é famoso e um dos mais pedidos, apesar dos clássicos também possuírem um carinho especial entre os clientes mais fiéis.
“Aqui temos uma ótima saída da tábua de torresmo e o maçaricado com goiabada. Somos uma novidade porque não existe outro estabelecimento que ofereça esse tipo de serviço”, explica a responsável pela franquia do Morumbi, Thiara de Freitas Wandekoken. Ela também destaca que o público-alvo é bem familiar, assim como a administração dos negócios da marca.
O fundador da marca brinca que é comum acharem que ele é mineiro, mas João Bosco Wandekoken é um capixaba com orgulho. Desde o início esteve acompanhado da esposa e hoje comanda os negócios junto dos dois filhos e do neto. “Fomos convidados a participar do Grande Prêmio da Fórmula 1, em novembro. Vamos levar o nosso torresmo com estandes e vendedores ambulantes”, pontua.
“O mais tradicional chamamos de torrespoca, aquele que se come como tira-gosto e no feijão tropeiro. Já o torresmo de rolo é feito da barriga do porco. Esse é mais temperado e vem bem recheado de carne”, detalha João Bosco.
Segundo ele, outro clássico é o torresmo barriguinha, conhecido por também ser bem carnudo. Macio e suculento, esse prato pode ser servido como entrada ou acompanhamento.
Quando o assunto é produção, o filho do fundador, Thiago de Freitas Wandekoken, explica que as receitas dos pratos servidos nas rotisserias e botequins são ensinados aos franqueados pela matriz. No entanto, todo torresmo vendido na rede sai da sede em Jacaraípe.
“Produzimos 15 toneladas por mês, mas por maior que seja o modo de preparo, ele ainda é todo artesanal. Isso porque nos preocupamos com um controle de qualidade entre as lojas. Então, oferecemos seis produtos e treinamento para que as franquias produzam algumas receitas”, pontua Thiago de Freitas.
Segundo ele, apesar do cardápio entre as unidades ser semelhante, a regionalização influencia nas ofertas e produtos disponíveis. As lojas de São Paulo, por exemplo, aos sábados oferecem feijoada, devido a demanda.
Com 18 anos no mercado, a Casa do Torresmo é a primeira franquia de torresmo do Brasil. A missão da marca é oferecer produtos de qualidade à mesa dos clientes e amigos.
A marca possui dois modelos de negócio: a rotisseria, no estilo compre e leve, e o botequim, uma nova experiência para o cliente saborear os produtos dentro da loja como um restaurante.
Além do espaço em Jacaraípe, a Casa do Torresmo possui outras 10 unidades, apenas no Espírito Santo, e três lojas em São Paulo, uma botequim e duas rotisserias. Segundo Thiago de Freitas Wandekoken, a expectativa de crescimento para os próximos anos é de aumentar o número total para 80 estabelecimentos.
Rua Jacira, 200 - Jardim Atlântico, Serra - ES
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