Abrigar mil startups em 10 anos, ter 20% de empresas baseadas em tecnologia e inovação entre as 200 maiores do Espírito Santo, reter talentos e colocar o Estado no topo do desenvolvimento. Essas são algumas das metas da Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI), uma ação integrada que tem por objetivo criar um ambiente competitivo ligado à produção de conhecimento.
A MCI já está atuando no Estado reunindo representantes do governo estadual; do setor produtivo, com a participação da Findes e grandes empresas como Suzano, Vale e ArcelorMittal; e da academia, representada pela Ufes, UVV, Ifes e Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES).
Mais de 20 organizações integram a ação, incluindo a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), cujo trabalho visa fomentar políticas públicas de incentivo e fortalecimento do ecossistema de inovação capixaba.
Por meio da estruturação desse movimento, a gente consegue esse diálogo entre a academia, as empresas e o governo. Uma das coisas mais importantes foi desenvolver o Planejamento Estratégico da Inovação, que foi realizado pela Fundação Certi, de Santa Catarina. E foram definidos quatro grandes temas: tecnologia da informação, química e novos materiais, logística e economia criativa, explica a secretária de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Cristina Engel.
Em setembro passado, a MCI lançou o Manifesto da Inovação, um livreto de oito páginas contendo propostas e metas que o grupo classifica como fundamentais para criar um ambiente forte e interligado para o setor.
Na avaliação do vice-presidente da Findes para Inovação e Tecnologia, Luciano Raizer, a integração proposta pela MCI permitirá ao Estado fortalecer sua economia por meio da inovação. Segundo ele, ideias não faltam para isso.
Para financiar projetos foi criado o Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia (Funcitec)/MCI, com R$ 100 milhões em recursos para serem aplicados até 2020.
Além disso, a Fundação Certi, de Santa Catarina, um dos Estados mais inovadores do país, foi contratada para fazer um diagnóstico do ecossistema capixaba e desenvolver o Planejamento Estratégico da Inovação do Espírito Santo durante nove meses.
Raizer destaca a produção de conhecimento da academia, que também está trabalhando integrada à MCI, com projetos arrojados como o carro e o avião autônomos.
Temos a universidade que fez o primeiro carro autônomo do Brasil, que fez o primeiro avião autônomo do mundo agora esse ano. Avião da Embraer voou sozinho. Essas pessoas estão aqui com a gente. Temos o caso da Picpay, que há dois anos era formada por quatro jovens querendo fazer uma carteira eletrônica e que deve ir para 1.500 funcionários no ano que vem. Temos muito potencial, pontua Raizer, que destaca o que já está sendo feito.
Conseguimos fazer uma incubadora, que é a TecVitória, os núcleos de incubação do Ifes, que ainda não pequenos. Na Findes, fizemos o Findeslab em setembro. No primeiro mês de trabalho, conseguimos atrair oito grandes parceiros e gerar 200 propostas de inovação para essas oito empresas. Tem mais 150 propostas de projetos de inovação de outros atores, individuais e coletivos. Em pouco mais de um mês estamos falando de 300 projetos, completa.
A secretária Cristina Engel afirma que chegou a hora de colocar o bloco na rua e mostrar o que o Estado tem de melhor, a fim de atrair investidores.
É importante divulgar o potencial do Estado não só em termos de Brasil, mas também em termos de mundo. A gente está criando uma plataforma, que é uma forma de diálogo com o mundo externo, mostrando nossos potenciais. Será um lugar onde o investidor poderá entrar e obter informação concreta do que pode ser aplicado aqui, destacou Cristina Engel.
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