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Inovação para criar empregos e tornar o Estado competitivo

Inovação para criar empregos e tornar o Estado competitivo

Ação integrada da qual a Secti participa tem como meta abrigar mil startups no Espírito Santo em 10 anos

Publicado em 27 de novembro de 2019 às 19:29

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Cerimônia de lançamento das ações de fomento à inovação no Estado. (Hélio Filho/Secom/Divulgação)

Abrigar mil startups em 10 anos, ter 20% de empresas baseadas em tecnologia e inovação entre as 200 maiores do Espírito Santo, reter talentos e colocar o Estado no topo do desenvolvimento. Essas são algumas das metas da Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI), uma ação integrada que tem por objetivo criar um ambiente competitivo ligado à produção de conhecimento.

A MCI já está atuando no Estado reunindo representantes do governo estadual; do setor produtivo, com a participação da Findes e grandes empresas como Suzano, Vale e ArcelorMittal; e da academia, representada pela Ufes, UVV, Ifes e Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES).

Mais de 20 organizações integram a ação, incluindo a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), cujo trabalho visa fomentar políticas públicas de incentivo e fortalecimento do ecossistema de inovação capixaba. 

“Por meio da estruturação desse movimento, a gente consegue esse diálogo entre a academia, as empresas e o governo. Uma das coisas mais importantes foi desenvolver o Planejamento Estratégico da Inovação, que foi realizado pela Fundação Certi, de Santa Catarina. E foram definidos quatro grandes temas: tecnologia da informação, química e novos materiais, logística e economia criativa”, explica a secretária de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Cristina Engel.

Manifesto

Em setembro passado, a MCI lançou o “Manifesto da Inovação”, um livreto de oito páginas contendo propostas e metas que o grupo classifica como fundamentais para criar um ambiente forte e interligado para o setor.

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Queremos ser reconhecidos entre os cinco estados mais inovadores do país. Temos uma confiança muito grande nas startups. Temos um grande potencial de pessoas aqui, muitos jovens que vão embora do Espírito Santo porque não têm como semear suas ideias e fazer elas crescerem. Queremos criar esse ambiente para que eles possam ficar aqui. Queremos chegar a mil startups em 10 anos e atrair investimentos.

Cristina Engel
Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional
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Capa do livreto com o “Manifesto da Inovação”. (Erika Santos/Divulgação)

Na avaliação do vice-presidente da Findes para Inovação e Tecnologia, Luciano Raizer, a integração proposta pela MCI permitirá ao Estado fortalecer sua economia por meio da inovação. Segundo ele, ideias não faltam para isso.

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Temos muito potencial que acabava não se convertendo em ações inovadoras. E houve uma percepção disso, de que a gente atuava de maneira isolada, que não conseguia construir um ecossistema que reunisse um grupo de atores que agisse de maneira sincronizada. Houve um movimento gradual que acabou resultando na MCI, que trabalha o alinhamento desses atores que se dedicam em inovação para criar um ambiente forte, pujante e que tenha resultados.

Luciano Raizer
Vice-presidente da Findes
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Financiamento

Para financiar projetos foi criado o Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia (Funcitec)/MCI, com R$ 100 milhões em recursos para serem aplicados até 2020.

Além disso, a Fundação Certi, de Santa Catarina, um dos Estados mais inovadores do país, foi contratada para fazer um diagnóstico do ecossistema capixaba e desenvolver o Planejamento Estratégico da Inovação do Espírito Santo durante nove meses.

Raizer destaca a produção de conhecimento da academia, que também está trabalhando integrada à MCI, com projetos arrojados como o carro e o avião autônomos.

“Temos a universidade que fez o primeiro carro autônomo do Brasil, que fez o primeiro avião autônomo do mundo agora esse ano. Avião da Embraer voou sozinho. Essas pessoas estão aqui com a gente. Temos o caso da Picpay, que há dois anos era formada por quatro jovens querendo fazer uma carteira eletrônica e que deve ir para 1.500 funcionários no ano que vem. Temos muito potencial”, pontua Raizer, que destaca o que já está sendo feito.

“Conseguimos fazer uma incubadora, que é a TecVitória, os núcleos de incubação do Ifes, que ainda não pequenos. Na Findes, fizemos o Findeslab em setembro. No primeiro mês de trabalho, conseguimos atrair oito grandes parceiros e gerar 200 propostas de inovação para essas oito empresas. Tem mais 150 propostas de projetos de inovação de outros atores, individuais e coletivos. Em pouco mais de um mês estamos falando de 300 projetos”, completa.

O Findeslab recebeu cerca de 300 projetos no primeiro mês de funcionamento. (Findes/Divulgação)

A secretária Cristina Engel afirma que chegou a hora de colocar o bloco na rua e mostrar o que o Estado tem de melhor, a fim de atrair investidores.

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“É importante divulgar o potencial do Estado não só em termos de Brasil, mas também em termos de mundo. A gente está criando uma plataforma, que é uma forma de diálogo com o mundo externo, mostrando nossos potenciais. Será um lugar onde o investidor poderá entrar e obter informação concreta do que pode ser aplicado aqui”, destacou Cristina Engel.

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