Estúdio Gazeta
Escola Monteiro
Pesquisa realizada pela Harvard Business Review aponta que ser feliz no ambiente de trabalho torna os profissionais 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 30% mais inovadores. E esse é apenas um dos muitos estudos que comprovam o que todo mundo sente na prática: um ambiente feliz, harmônico e leve é mais propício à criatividade, ao engajamento e à motivação.
Se vale para o ambiente de trabalho, por que essa máxima não valeria para a escola, espaço fundamental para a socialização e o aprendizado?
“O lúdico e a diversão são elementos indispensáveis na vida de qualquer pessoa, mas têm um papel ainda mais crucial no desenvolvimento infantil. Deixá-los de fora do ambiente escolar é abrir mão de grandes aliados no processo de ensino-aprendizagem”, afirma Penha Tótola, diretora pedagógica da Escola Monteiro.
Há cerca de 35 anos na equipe da escola que hoje dirige, ela afirma que a missão de oferecer um ambiente acolhedor, feliz e aberto a alunos e suas famílias está no DNA da instituição. “A Monteiro nasceu como uma escolinha de artes há mais de 50 anos e foi se construindo, ao longo de sua trajetória, neste lugar que valoriza a experiência, a emoção, o bem-estar”, diz.
Alunos, pais e ex-alunos confirmam isso. “Minha filha fez todo o ensino fundamental na Monteiro e, ao longo desses nove anos, a escola sempre foi um lugar onde ela realmente queria estar. Não existia querer faltar aula e a hora de ir embora pra casa era sempre acompanhada de um ‘podemos ficar mais um pouco?’. Claro que houve momentos de cansaço, da matéria que não gostava tanto, mas o todo sempre foi de muito bem-estar e alegria. Para nós, pais, isso é um balizador único. O que podemos querer mais do que ver nossos filhos emocionalmente saudáveis, se desenvolvendo e aprendendo com alegria?", afirma o engenheiro mecânico Julis Rodrigues, pai de Clara Alcantara Rodrigues, de 15 anos.
A ex-aluna, aprovada no Ifes no ano passado, reforça o coro. “A Monteiro segue comigo. Fiz meus melhores amigos na escola, tive os professores mais queridos, cresci e aprendi neste universo receptivo e acolhedor. Sempre fui mais tímida, mas a escola me abriu espaço, me ajudou a achar meu lugar e minha voz, sendo como sou e indo além, evoluindo. É uma base que seguirá comigo. Minha mãe diz que nem tímida eu sou mais (risos)”, ressalta Clara.
O primo de Clara, Dante Rodrigues dos Santos, 7 anos, começou este ano a jornada na Monteiro e diz que está feliz. “A escola é muito legal, eu gosto muito. É bem divertido, a gente brinca muito, aprende muito, já fiz amizades e estou até no time de futebol da escola na categoria sub-8”, conta.
Integração com o esporte, aulas de ioga, estudos do meio que levam a sala de aula para ambientes além dos muros da escola, Espaço Maker, projetos de gestão das emoções e focados em temas como alimentação saudável e combate ao bullying, assembleias por turma, Escola de Pais, antecipação para o ensino fundamental 2 a disciplina Projeto de Vida estão entre os exemplos de iniciativas adotadas pela Monteiro no dia a dia em todas as séries do ensino fundamental e médio, que favorecem o clima de bem-estar escolar.
“É uma construção que leva o aluno a desenvolver habilidades socioemocionais que marcam a sua trajetória estudantil e vão fazer diferença no futuro, na escolha da carreira e na vida profissional. Cada vez mais o mercado de trabalho valorizas pessoas que sabem se relacionar e que têm habilidades para além da competência técnica”, considera Elio Serrano, coordenador do ensino médio da Monteiro.
Mãe de um aluno que também fez o ensino fundamental na escola e este ano iniciou nela o ensino médio, a publicitária Flavia da Veiga estuda o tema felicidade desde 2016. Fundadora da Startup BeHappier e da BeGroup Publicidade Positiva, ela reforça que há diversos estudos confirmando que um bem-estar maior melhora a aprendizagem.
“Um estado do humor positivo produz maior atenção e um pensamento mais criativo e holístico. Os alunos mais felizes têm maior engajamento e entusiasmo pelo aprendizado. As emoções positivas geradas contribuem para uma melhor concentração, criatividade e motivação, fatores que ampliam a capacidade de aprendizagem”, diz.
Para ela, um ambiente de trabalho feliz e uma escola feliz têm em comum indivíduos que se sentem valorizados e engajados, relações interpessoais positivas e um clima geral que promove bem-estar, propósito e satisfação.
“Entre os exemplos, está um trabalho realizado por Martin Seligman, fundador da Psicologia Positiva, também considerada a Ciência da Felicidade. Seligman criou um projeto para a Escola Secundária Geelong, na Austrália, focado em princípios da psicologia positiva que foi implementado com sucesso, promovendo o bem-estar de alunos e educadores. Além dele, temos o exemplo do Programa de Resiliência Penn, da Universidade da Pensilvânia, que trouxe uma série de benefícios, desde redução de depressão e ansiedade à melhora da saúde e da aprendizagem”, diz.
Na Monteiro, ela aponta como atributos importantes que repercutem na felicidade e no bem-estar dos alunos um projeto que trabalha a inclusão, o respeito às diferenças, o pensamento crítico e criativo, além de experiências como as aulas de ioga e mindfulness.
Marcela Gasparini é mãe de Valentina, oito anos, que está no 3° ano do ensino fundamental da Monteiro e estuda no turno integral. “Sou testemunha da evolução de Valentina desde que entrou na escola. Ela passa o dia inteiro na Monteiro e, no final, ainda quer ficar mais um pouco...(risos), seja para interagir com os colegas de turma ou para conversar com amigos de outras salas. Ela valoriza as amizades que construiu para além das fronteiras da sala de aula. Esse é um aspecto extremamente positivo porque as relações interpessoais são muito importantes na formação dos alunos. Ao mesmo tempo, vejo que ela aprende muito, desenvolve o interesse pela leitura, tem acompanhamento para as lições de casa no turno integral e se mostra muito curiosa em relação ao mundo ao seu redor. Está sempre radiante ao final do dia. E vê-la feliz me deixa muito feliz também. É felicidade que produz felicidade em um ciclo virtuoso”, ressalta.
Sentir-se parte do grupo, ser valorizado e reconhecido e ter voz são atributos importantes para um ambiente escolar ou de trabalho feliz. Na Monteiro, as assembleias quinzenais que fazem parte do Projeto Bem-Estar, inspirado em experiências de escolas dinamarquesas, abrem espaço para essa participação na vida escolar.
Na vida pessoal, profissional ou escolar, é preciso de tempo para atividades prazerosas. Na Monteiro, o brincar é parte do dia a dia das turmas e permeia os projetos pedagógicos. Nas séries iniciais, há o Dia do Brinquedo, mas o a dia a dia inclui estudos do meio fora da escola, aulas de ioga, leitura ao ar livre, esportes, Espaço Maker.
A inclusão, o respeito à diferença e os laços saudáveis de amizade e solidariedade tornam a vida, a escola e o trabalho mais leves. Todos querem ser aceitos e sentirem parte de um grupo.
Uma empresa ou uma escola que não se renova, não se abre às mudanças, tem mais chance de perder a conexão com seu público, seja ele de colaboradores ou alunos. Clique aqui e saiba mais sobre a Monteiro.
“De acordo com neurocientista Richard Davidson, felicidade é uma habilidade que pode ser aprendida, mas como qualquer habilidade requer esforço, dedicação e tempo. E isso é comprovado pelo trabalho realizado pelo Martin Seligman, fundador da Psicologia Positiva, também considerada a Ciência da Felicidade. Seligman criou um projeto para a Escola Secundária Geelong, na Austrália, focado em princípios da psicologia positiva que foi implementado com sucesso, promovendo o bem-estar de alunos e educadores, por meio de projetos, comprovando o aumento do nível de bem-estar no momento em que a iniciativa acontecia e também por um longo período de tempo posterior, entre quatro, cinco, seis meses. Incorporar a psicologia positiva na educação, como ensinar os cinco elementos do bem-estar: Emoção Positiva, Engajamento, Relacionamentos, Significado, Realização, pode ajudar alunos a desenvolverem uma mentalidade mais feliz e resiliente. Isso não apenas melhora o bem-estar individual, mas também prepara-os para lidar melhor com os desafios da vida. Quando a psicologia positiva é aplicada consistentemente na educação, os efeitos vão além do ambiente escolar, influenciando positivamente o desenvolvimento pessoal e social dos alunos. Há desafios como alterações curriculares necessárias para incorporar o ensino de habilidades de vida, como resiliência e otimismo, bem como a capacitação dos professores. Além disso, a implementação requer o compromisso institucional para mudanças de longo prazo e o apoio da comunidade escolar. Mas todos saem ganhando. E a felicidade, o bem-estar e saúde forma mais integral sempre valem o esforço”.
Flavia da Veiga
Especialista em felicidade, estuda o tema desde 2016, e é fundadora da Startup BeHappier e da BeGroup Publicidade Positiva.
"Uma pessoa não é sua nota na prova de Matemática, não é um lugar no mapa de sala, não é um sintoma, uma doença ou um número de matrícula. Uma pessoa é um universo de experiências e educar é levar em conta esse todo, as muitas dimensões que fazem um indivíduo ser quem é e se estabelecer no mundo."
Penha Tótola
Diretora pedagógica da Escola Monteiro
Eduardo Dadalto Câmara Gomes e Juliana Câmara Nogueira da Gama atuam em áreas bem diferentes, mas têm em comum o fato de serem profissionais de destaque no caminho que decidiram trilhar. Os dois são ex-alunos da Escola Monteiro e garantem que os resultados que colhem hoje na vida profissional têm relação direta com o que experimentaram ao longo da infância e da adolescência, estudando na instituição de ensino. Clique aqui e saiba mais sobre a história deles.
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