Estúdio Gazeta
ArcelorMittal Tubarão
Uma parceria de sucesso entre a ArcelorMittal e o Projeto Tamar possibilitou que mais de 5 mil tartarugas-verdes (Chelonia mydas), uma das espécies mais presentes nos mares brasileiros e classificada como em risco de extinção, fossem devolvidas à natureza.
Iniciado em agosto de 2010, o convênio de cooperação técnica possibilitou pesquisas sobre a bioecologia e o estado de saúde das tartarugas que frequentam a área do canal de retorno da água do mar na unidade industrial da Serra. Por lá, os animais marinhos são marcados e devolvidos à natureza.
“Há duas décadas são realizados estudos de crescimento, padrões migratórios e condição de saúde das tartarugas-verdes que frequentam o local. Em termos mundiais, se conhece relativamente menos sobre a biologia das tartarugas marinhas em áreas de alimentação do que se conhece sobre as áreas de reprodução”, explica Rafael Kuster Gonçalves, técnico de campo da Fundação Projeto Tamar.
Ela ressalta a importância do trabalho conduzido em parceria. “Ele contribui para um melhor conhecimento sobre as tartarugas-verdes em áreas de alimentação, a nível nacional e internacional, servindo como referência para o planejamento de atividades de conservação desta espécie”, observa.
Os dados coletados durante os mais de 20 anos de trabalho servem de base para centenas de estudos desenvolvidos no Brasil e no mundo sobre a espécie.
“É um trabalho único no mundo, que tem permitido a elaboração de estudos científicos muito relevantes para a preservação dessa espécie”, destaca Jennifer Coronel, gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da ArcelorMittal.
A longa parceria rendeu diversos frutos além da preservação da espécie. Com a ampliação do convênio, a ArcelorMittal investiu na sede do Projeto Tamar, em Vitória, implantando, em 2017, um grande tanque de observação da tartaruga-verde, o maior com visores do Espírito Santo.
Esse investimento criou mais um atrativo para as atividades de educação ambiental desenvolvidas no local. Hoje, o Projeto Tamar é um ponto de lazer e turismo.
“A construção deste tanque permitiu maior aproximação do público que visita o Centro de Visitantes da Fundação Projeto Tamar em Vitória/ES às tartarugas marinhas, pois a sua estrutura com visores foi planejada para que os visitantes consigam observar de pertinho as tartarugas marinhas e os comportamentos das espécies, o que potencializa as ações de sensibilização e educação ambiental ao público”, destaca Rafael Kuster Gonçalves.
Após a construção do tanque, o Centro de Visitantes teve um incremento de visitação pública e, com isso, um maior número de pessoas passou a conhecer melhor e, principalmente, a cuidar melhor das tartarugas marinhas. Como um dos principais atrativos ao público, esse tanque potencializa a auto-sustentação da Fundação Projeto Tamar através da compra dos ingressos e produtos da loja, bem como na geração de emprego e renda nas comunidades em que a Fundação está inserida.
Para este ano, novas melhorias devem ser feitas no Projeto Tamar, além da criação de novos atrativos, como a elaboração e execução de planos museológicos.
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