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Marca Ambiental
Enquanto você puxa o ar para respirar, quase 4 kg de resíduos já foram reciclados no Parque de Ecoindústrias da Marca Ambiental: precisamente, a cada segundo, 3,96 kg de material está pronto para ser utilizado mais uma vez no ciclo produtivo.
Em um mês, este valor representa 10.263 mil toneladas de vidros, plásticos, pneus e outros materiais, o que equivale, ainda, a um carro popular reciclado a cada 4 minutos.
Números tão expressivos são possíveis porque a CTR Marca não somente é referência na destinação correta, mas também na valorização do que já fora considerado lixo. Hoje, a empresa, com sede em Cariacica, conta com nove ecoindústrias, cada uma delas especializada na valorização de um tipo de resíduo.
A Marca possui instalada em seu parque desde empresas especializadas em compostagem, como a Organobom, até as especializadas em valorização de resíduos da construção civil, como a Unidade de Beneficiamento de Agregado Reciclado (UBAR).
“Este modelo de Parque de Ecoindústrias está completamente alinhado à visão de ser a mais completa central de tratamento de resíduos do país até 2023, fomentando um ambiente empreendedor e atraindo vários parceiros que colaboram para fornecermos o maior leque de soluções para os mais diversos tipos de resíduos”, destaca Marcos Fernando Lamego, colaborador da Engenharia e Operação da Marca Ambiental.
Para reforçar a importância da valorização dos resíduos, a Marca disponibiliza em seu site o Reciclômetro, uma plataforma para levar informação à sociedade de quanto é reciclado. Os valores são apurados mensalmente.
“A ideia é trazer para a sociedade estes números de maneira dinâmica e transparente, como forma de mostrar a importância da reciclagem e reforçar a cultura de valorização de resíduos no Estado, o que afirma também nossa posição sobre economia circular e nossa preocupação com as mudanças climáticas”, lembra Lamego.
No Brasil, apenas 3% do resíduo produzido é reciclado efetivamente, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Porém, essa realidade tem começado a mudar, em especial com o advento de modelos sustentáveis de negócio.
O termo ESG tem sido utilizado para se referir a práticas empresariais e de investimento que se preocupam com critérios de sustentabilidade – e não apenas com o lucro. A sigla vem do inglês “Environmental, Social and Governance”, que em português pode ser traduzido como ambiental, social e governança. A adoção do ESG é uma mudança nas relações entre as empresas e seus investidores, já que práticas tradicionalmente associadas à sustentabilidade passaram a ser consideradas como parte da estratégia financeira das empresas.
“A cada dia, vemos que aumenta o desejo e a consciência das empresas em estarem adequadas aos padrões de sustentabilidade. Muitas delas começam a trazer seus resíduos para a CTR Marca, enquanto outras buscam se instalar em nosso Parque de Ecoindústrias. Para a Marca, é muito importante fortalecer esta cultura no Espírito Santo”, destaca Marcos Fernando Lamego.
Especialistas afirmam que as práticas de ESG trazem oportunidades para as empresas. Além de diminuir riscos e gerar valor no longo prazo, é possível integrar o ESG com estratégias corporativas, melhor governança e maior comunicação entre os acionistas e partes interessadas. Adotar práticas de ESG exige adaptação das empresas a processos mais sustentáveis e práticas tradicionalmente ligadas à Economia Circular, o que pode ser uma boa forma de atrair o público crescente interessado no consumo consciente.
“Não é apenas o futuro. Isso já é o presente”, afirma Marcos Lamego.
Se refere às práticas ambientais. Ou seja, como a empresa reduz o impacto ambiental e se preocupa com questões como aquecimento global e emissão de carbono; eficiência energética; gestão de resíduos; poluição e recursos naturais.
Já a letra S, de Social, é como a empresa respeita os seus parceiros: clientes, colaboradores e funcionários. Os temas envolvidos nesta pauta são inclusão e diversidade; direitos humanos; engajamento dos funcionários; privacidade e proteção de dados; políticas e relações de trabalho; relações com comunidades e treinamento da força de trabalho.
Quando o assunto é governança — última letra da sigla — trata-se de como a companhia adota as melhores práticas de gestão corporativa. Como diversidade no conselho; ética e transparência; estrutura dos comitês de auditoria e fiscal; e política de remuneração da alta administração; canal de denúncias.
A reciclagem é, por definição, um processo de transformação de resíduos sólidos que envolve alteração de suas propriedades, a fim de serem transformados em novos insumos ou produtos e, desta forma, serem reintroduzidos no ciclo produtivo.
A prática está diretamente ligada ao conceito de logística reversa. Por meio desta, os setores públicos e privados são exigidos de ter mais transparência no gerenciamento de resíduos, demonstrando qual é o caminho percorrido desde a produção, distribuição, descarte e retorno.
Esse conceito foi definido a partir da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de acordo com a Lei nº 12.305/10, que define as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos em suas diferentes tipologias. O descarte de diferentes tipos de resíduos deve ser reaproveitado com o intuito de poupar recursos naturais, energia, recursos financeiros, e também reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.
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