Estúdio Gazeta
Prefeitura de Vila Velha
Um dos problemas mais constantes de Vila Velha eram os alagamentos, principalmente em períodos de chuvas intensas. Eram, porque em parceria com o Governo do Estado, a Prefeitura de Vila Velha vem realizando intervenções estratégicas para minimizar e até acabar com os efeitos nos bairros da cidade. Microdrenagem e obras estruturantes estão no planejamento de ações como a execução dos serviços de limpeza, varrição, capina, paisagismo e coleta de lixo por toda a cidade.
Somente em 2022, foram retiradas mais de 55 mil toneladas de resíduos. Os canais do município também recebem limpeza diariamente, para contribuir no escoamento rápido das águas durante os períodos de chuvas fortes.
“Nosso papel está sendo realizado constantemente, mesmo em período de tempo firme, de sol. Com limpeza de toda a extensão de nossos canais e rios, redes de drenagem de água da chuva sendo desobstruídas com frequência, isso tudo para que a água da chuva escoe bem mais rápido. Isso a população já vem percebendo. Pegamos períodos de chuvas intensas, as agora as estações de bombeamento estão funcionando mesmo antes da chuva cair, a água escoou bem mais rápido, evitando aqueles danos históricos. Além disso, destravamos investimentos em macrodrenagem, com diálogo maduro, técnico e com foco no povo, com o Governo do Estado, que vem investindo R$ 450 milhões em obras de macrodrenagem” afirma o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo.
A parceria com o governo do Estado, que o prefeito se refere, está garantindo a construção e funcionamento das estações de bombeamento municipais (Ebap). Três estações já estão em funcionamento: Guaranhuns, Sítio Batalha e Canal da Costa. Essas três são do município. E mais seis novas estão em construção: Laranja, Marilândia, Cobilândia, Canal Bigossi, Aribiri e Marinho.
Segundo a prefeitura, as obras da construção das Ebaps de Parque das Gaivotas e Pontal das Garças estão em fase final de licitação. Em março, foi entregue a Ebap Foz do Costa, que deve entrar em pleno funcionamento após as obras de dragagem dos canais que abrangem aquela bacia.
“Esse conjunto de investimentos vai transformar a vida das pessoas de nossa cidade. São obras construídas pelo Estado, mas que serão colocadas em funcionamento por nossa equipe, da prefeitura, todas interligadas remotamente. E é essa tecnologia nosso diferencial para fazer com que a cidade não sofra mais como antigamente, quando a chuva apertava e as bombas ficavam submersas por falta de operação. Para se ter uma ideia, as Ebaps Foz do Costa, Laranja, Marinho, Cobilândia, Marilândia e Aribiri possuem juntas a capacidade de bombear 350 milhões de litros de água por hora, com lançamento para a baía de Vitória e para o Rio Jucu”, afirma o prefeito.
Além dessas estações, o sistema de macrodrenagem de Vila Velha contará com a construção de 3,3 km de galerias nos bairros Cobilândia, Nova Itaparica e Jockey de Itaparica, além de um dique no Canal Marinho que levará as águas do córrego Campo Grande, da Vala América, do bairro São Torquato e das estações de bombeamento de Cobilândia e Marilândia para a baía de Vitória, passando pela Ebap Marinho. A Ebap Foz do Costa, assim como as Marinho e Aribiri, possui comportas de maré, que têm a função de controlar a entrada do mar nos canais em épocas de chuva.
Assim que forem concluídas as obras, as bombas das 12 Ebaps serão controladas por tecnologia remota, por meio do Centro Operacional. Segundo a secretária de Obras, Planejamento e Projetos Estruturantes de Vila Velha, Menara Cavalcante, a prefeitura está reestruturando a macrodrenagem do município.
“A cidade cresceu de forma desordenada e o atual sistema de drenagem é muito antigo, não estando dimensionado de acordo com o tamanho do município. Nossa prioridade agora é refazer esses sistema, olhar os bairros que não possuem por meio de um estudo das regiões, para ligar 100% de todos os bairros. Ainda nesta gestão, queremos ter esses projetos concluídos”, afirma.
Outra ação da prefeitura é a limpeza de canais e galerias, que tem sido uma atividade constante. “Estamos fazendo o planejamento de limpeza dessas áreas e há alguns canais que não são limpos há quase 30 anos. Temos que ter o destino correto para o lixo que é recolhido e também promover ações educativas para a população”, conta.
As ações educativas se justificam, uma vez que são retirados dos canais todo tipo de material como: sofás, colchões, troncos de árvores, restos de animais em decomposição, bem como todo tipo de plástico, além de outros materiais descartados irregularmente que são suficientes para se mobiliar uma casa. Segundo dados da prefeitura, somente nos três primeiros meses deste ano, mais de 230 toneladas foram coletadas e destinadas adequadamente.
A limpeza da extensão dos 42 km de canais do município é realizada de forma permanente e atinge as beiradas dos canais, nas telas de proteção, comportas e estações de bombeamento. Esse serviço representa 40% do total de lixo recolhido no município, em sua maioria materiais de plástico retirados das telas de proteção.
Aliado ao trabalho permanente de limpeza das bocas de lobo, substituição das tampas que quebram ou são furtadas e a identificação das manilhas que rompem e causam buracos nas vias, em dias de chuva intensa, as equipes percorrem toda cidade para encontrar os pontos de alagamento e elaborar um plano de redimensionamento da rede e com a obra planejada e programada executar o serviço para evitar que esses pontos voltem a alagar.
Moradora de Cobilândia, a dona de casa Rosemery Ghisolfi Mognato Vaneli, 50 anos, tem elogiado o trabalho de limpeza diária feito pela prefeitura nas ruas do bairro. “Está uma coisa muito bonita, muito boa. E eu tenho fé e esperança de que vai dar muito certo. Depois da limpeza do rio Marinho isso amenizou as outras chuvas que vieram. Encheu, mas a água teve vazão rápida. No outro dia de manhã as águas nas ruas já estavam baixas. O problema ainda não foi solucionado, mas essas obras vão ajudar a gente e eu tenho muita fé e muita esperança de que tudo vai dar certo”, conta.
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