Estúdio Gazeta
ArcelorMittal Tubarão
O que uma publicitária, uma empresária, uma fisioterapeuta e uma diretora escolar têm em comum? Criatividade, perseverança e capacidade de inspirar com seus projetos que buscam transformar realidades. Qualidades que foram essenciais para serem as quatro escolhidas entre 89 inscrições e 32 finalistas na primeira edição do Prêmio Mulher, realizado em 2019.
Cada uma teve motivações determinantes que as fizeram seguir em frente como empreendedoras, com o objetivo de fazer a diferença na vida de outras pessoas. Vencedora da categoria MEI de microempreendedoras individuais, a publicitária Francielle Teixeira Rodrigues desenvolve há quatro anos o projeto “Sensações”, onde realiza ensaios fotográficos debaixo da água tendo pessoas com deficiência como modelos.
“O projeto não tem custo para os fotografados e com o prêmio a visibilidade aumentou ainda mais. Aumentou tanto que tenho uma fila de espera de pessoas de todo o Brasil para as fotos. Durante a pandemia, o projeto ficou parado, mas pretendo retomá-lo em breve e focar na captação de recursos para atender às demandas”, afirma Francielle.
Para ela, o prêmio foi muito importante para sua carreira, começando pelo valor de R$ 5 mil que ela usou, na época, para comprar novos equipamentos. A publicitária abriu ainda um estúdio em parceria com a mãe e conta que a premiação abriu muitas portas. “O maior desafio, ao empreender, é não desistir, porque não é algo fácil, principalmente para a mulher empreendedora, mas o resultado vale o peso”, avalia.
Já a empresária Bartira Gomes de Almeida saiu do setor privado para fundar o Instituto Ponte, iniciativa que conta com a parceria de outros empresários que se tornam ponte para dar oportunidade a adolescentes que não possuem acesso à educação de qualidade. Ela foi a vencedora da categoria Terceiro Setor, voltada para mulheres que comandam ONGs, associações, projetos e entidades sem fins lucrativos ou líderes comunitárias.
Bartira conta que um dado momento de sua vida, ela teve a oportunidade de decidir entre continuar nos negócios da família ou partir para outros caminhos.
Ela começou a viajar pelo Brasil, durante dois anos, conhecendo projetos, principalmente com foco na educação, para que pudesse trazer para o Espírito Santo. “Eu vi trabalhos seríssimos e muito bons no Estado, mas não com foco na educação. Cheguei à conclusão de que se eu quisesse isso aqui, precisaria fundar o meu projeto. Comecei a me descobrir de novo, em uma nova função, usando tudo que eu tinha aprendido nos 20 anos em que passei na empresa da minha família”, conta.
A educação também foi o que moveu a pedagoga Juliana Roshner a fazer a diferença nas vidas dos alunos e funcionários da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Jones José do Nascimento, em Central Carapina, na Serra, com o projeto “Novo Jones, Lugar de Gente Feliz!”. Como diretora, na época, ela conta que chegou em uma escola de periferia cheia de situações desafiadoras, mas isso não a desanimou e o seu projeto envolveu toda a comunidade, criando uma nova identidade para a escola, e, inclusive, tendo como resultado a melhoria do desempenho dos alunos em avaliações nacionais.
“Vivi dias deliciosos e desafiadores na escola. Aprendi e me reinventei. Sempre trouxe comigo o desejo de fazer e de despertar em meus estudantes que eles poderiam estar onde quisessem, ocupando espaços e ressignificando suas vidas. Foi então que virei diretora da EEEFM Jones José do Nascimento, uma escola na periferia cheia de situações desafiadoras. Junto com a equipe, com os estudantes e com a comunidade reescrevemos uma nova escola”, destaca.
Para Juliana, o prêmio a empoderou, trazendo visibilidade para o seu trabalho e o de outras mulheres. Atualmente, ela ocupa o cargo de secretária Municipal de Educação de Vitória, desde janeiro de 2021.
“Estamos atravessando o momento mais difícil da nossa história. No Brasil cresce o número de desempregados, de famintos, de pessoas que em meio a essa pandemia perderam muito. Acredito num futuro reescrito a muitas mãos. Um futuro mais acessível a todos, onde cada cidadão seja protagonista da sua história e que por meio de uma educação transformadora consigamos ter uma sociedade mais equitativa”, frisa.
A fisioterapeuta e empresária Edivana Poltronieri Almança recebeu o prêmio na categoria Média e Grande Empresa, com o projeto “Não é sobre perder peso, é sobre ganhar vidas”, com a sua experiência pessoal de luta contra a obesidade. Ela desenvolveu a experiência 5S de emagrecimento, que começou com amigos e familiares e já foi compartilhada por mais de 30 mil pessoas.
Você é mulher e tem uma história inspiradora? Participe da segunda edição do Prêmio Mulher. As inscrições são gratuitas e foram prorrogadas de 22 de dezembro para 17 de janeiro no site brasil.arcelormittal.com/premiomulher. Poderão concorrer negócios, iniciativas, ações ou projetos implantados pioneiramente no Espírito Santo ou Santa Catarina, há até cinco anos, conduzidos exclusivamente por mulheres e que gerem transformações sociais, econômicas ou ambientais.
Poderão participar mulheres, cisgêneros e transgêneros, com mais de 18 anos e residentes no Espírito Santo ou em Santa Catarina. Além das categorias da primeira edição - Privado (MEI e ME), Público e Terceiro Setor -, as interessadas poderão se inscrever nas três novas categorias: Acadêmicas (estudantes), Imprensa (reportagem) e Público Interno (Funcionárias da ArcelorMittal Aços Planos).
Inscrições: gratuitas
Período de inscrição: 28 de outubro a 17 de janeiro
Categorias concorrentes:
Premiação: a vencedora de cada categoria receberá um cartão-presente, a ser usado em qualquer estabelecimento, no valor de R$ 5 mil, capacitação dirigida e um certificado de participação. A premiação será entregue em março de 2022.
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