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ArcelorMittal Tubarão
Empreender é se lançar em um oceano de incertezas. E quando uma mulher decide tornar-se empreendedora, o nível dos desafios aumenta. Segundo uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a presença feminina representava 34,5% do total de empreendedores no país no terceiro trimestre de 2019. No mesmo período em 2020, o número passou para 33,6%, o que representa uma perda de 1,3 milhão de mulheres à frente de um negócio.
A pandemia do novo coronavírus foi a principal causadora dessa queda, já que segundo a entidade, as mulheres precisaram se dedicar mais às tarefas domésticas durante esse período. Mesmo sem a crise sanitária, este é um desafio constante para a maioria das mulheres.
Por outro lado, as empreendedoras mostram que estão mais conectadas, investem mais em inovação e têm maior escolaridade. Isso porque 76% delas usam as redes sociais ou aplicativos para divulgar e vender seus serviços, enquanto os homens representam 67%. Elas também estão menos endividadas: 35% delas afirmam não ter dívidas, sendo que o percentual masculino é de 30%. E no quesito inovação, elas saem na frente também: 11% das empreendedoras inovaram seus negócios durante a pandemia, enquanto apenas 7% dos homens promoveram alguma mudança.
Para a presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Cris Samorini, o mercado de trabalho tem passado por mudanças positivas para as mulheres, que cada vez mais ocupam seus espaços. Ela, por exemplo, é a primeira mulher a ocupar a posição de presidente da Findes. Além disso, é vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) Sudeste e diretora comercial da Grafitusa.
“Sei que é uma conquista, mas sei também que serei avaliada pelo meu desempenho e pelas minhas entregas, e não por questão de gênero. Mas penso que as mulheres podem sim contribuir mais, ocupando mais espaços de liderança no setor produtivo e na sociedade em geral. Sempre convivi num ambiente masculino e fui conquistando meu espaço e sei o quanto foi necessário eu ter capacidade técnica para debater os assuntos do meu setor – o gráfico. Esse mercado sempre foi muito masculino e eu rompi isso desde muito nova”, afirma.
A vice-governadora do Espírito Santo, Jacqueline Moraes, também ocupa a posição de pioneira na política do Estado, como a primeira mulher a ocupar esse cargo. Segundo ela, ter mulheres no espaço de liderança significa empoderar outras mulheres.
“Elas incentivam e influenciam outras mulheres a se colocarem em espaço de liderança, a falar das suas dores e das suas dificuldades. Elas se tornam representatividade”, destaca a vice-governadora.
Para Jacqueline, quando se fala de empreendedorismo, os números confirmam o crescimento das mulheres, principalmente como microempreendedoras individuais e na capacidade de inovação delas.
“Em um momento de crise como este em que nós estamos, percebemos que as mulheres se reinventaram, foram para as plataformas, começaram a vender os seus produtos. Quando você olha o empreendedorismo social, por exemplo, você vê mulheres à frente de projetos sociais buscando mudar a realidade de comunidades. Sua capacidade de fazer acontecer com criatividade e motivação é uma das definições do empreendedorismo”, ressalta a vice-governadora.
E uma das formas de mostrar a importância da mulher não apenas no campo empreendedor, mas como alguém que inspira e faz a diferença, em especial na comunidade em que atua, é a iniciativa da ArcelorMittal, que apresentou, na última quinta-feira (28), a segunda edição do Prêmio Mulher.
As inscrições foram prorrogadas de 22 de dezembro para o dia 17 de janeiro e podem ser realizadas pelo site brasil.arcelormittal.com/premiomulher. A iniciativa é para reconhecer negócios, iniciativas, ações ou projetos implantados pioneiramente no Espírito Santo ou em Santa Catarina, há até cinco anos, conduzidos exclusivamente por mulheres e que gerem transformações sociais, econômicas ou ambientais.
Todas as propostas concorrentes serão avaliadas por uma Comissão Julgadora, que considerará critérios como criatividade, sustentabilidade, impacto, qualidade, clareza e o potencial de transformação. Serão classificadas quatro mulheres de cada Estado e por categoria/subcategoria, num total de 56 finalistas, sendo 28 por Estado. Ao final, 14 mulheres (sete de cada Estado) serão vencedoras do Prêmio Mulher.
Ao final, a vencedora de cada categoria receberá um cartão-presente, a ser usado em qualquer estabelecimento, no valor de R$ 5 mil, capacitação dirigida e um certificado de participação. A premiação será entregue em março de 2022.
Inscrições: gratuitas
Período de inscrição: 28 de outubro a 17 de janeiro
Categorias concorrentes:
Premiação: a vencedora de cada categoria receberá um cartão-presente, a ser usado em qualquer estabelecimento, no valor de R$ 5 mil, capacitação dirigida e um certificado de participação. A premiação será entregue em março de 2022.
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