O medo de infecção pelo novo coronavírus tem afastado das unidades hospitalares os pacientes diagnosticados com doença crônica antes da pandemia, e também aqueles que apresentam sintomas provocados por alguma comorbidade ainda desconhecida. Para minimizar os riscos dessa conduta, a Rede Meridional adotou protocolos ainda mais rigorosos de segurança para garantir a assistência adequada.
Um levantamento feito pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Oncológica e de Patologia apontou que, entre março e maio deste ano, 70% das cirurgias oncológicas foram adiadas. Nesse período, até 90 mil pacientes podem ter deixado de receber o diagnóstico de câncer. Tudo isso por medo de ir a um hospital e contrair a Covid-19.
Para oferecer um tratamento seguro aos pacientes com suspeita da doença, e também àqueles que buscam outros atendimentos médicos, o Meridional criou um fluxo de serviços diferenciado. O diretor-clínico da Rede do Meridional Cariacica, o médico Marcus Vinicius Albernaz Leitão, aponta que o hospital tem Acreditação Nacional e Internacional e que, por isso, adotou diretrizes de biossegurança ainda mais eficazes.
Ele revela que, no período de pandemia, 75% dos pacientes com protocolo de Acidente Vascular Cerebral (AVC) chegaram ao Meridional 24 horas após o início dos sintomas. O médico observa que o ideal é realizar o atendimento em até três horas depois do surgimento dos sinais no organismo. Quando não há interferência profissional imediata, aumentam as chances de o paciente ficar com sequelas.
Desde a chegada da pandemia no Espírito Santo, a Rede instituiu um comitê para enfrentamento da doença com o objetivo de definir medidas de segurança. De acordo com a médica infectologista e diretora-clínica do Meridional Serra, Lia Canedo, um grupo com representantes de todas as unidades discute, semanalmente, questões importantes relacionadas à Covid-19.
Uma das medidas adotadas no fluxo assistencial foi a exclusividade de unidades, como a de terapia intensiva, para pacientes com sintomas ou confirmados de Covid-19.
Também foi designado um setor exclusivo para os pacientes com coronavírus, e a Rede manteve separados os profissionais em cada setor, ou seja, médicos, enfermeiros e técnicos que atendiam infectados pela doença não atuavam em setores com pacientes de outros diagnósticos.
No Meridional, 100% dos colaboradores e das pessoas que transitam dentro da instituição usam máscara, fazemos controle de temperatura, avaliamos sinais de síndrome gripal e, se for o caso, afastamos o profissional da função. Com o retorno das cirurgias eletivas, montamos protocolos diferenciados em que esses pacientes fazem a internação por via eletrônica previamente a sua chegada ao hospital, com recepção diferente para acomodá-los, e teste rápido para identificar se a pessoa está ou não infectada, finaliza Lia.
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