Um problema evidente em muitos estados do Brasil foi a falta de leitos para o atendimento de pacientes com Covid-19, realidade bem diferente do Espírito Santo. Ainda em abril deste ano, o Governo do Estado instituiu o Programa Leitos Para Todos", com o objetivo de expandir a capacidade de atendimento no território capixaba.
Em vez de fazer hospitais de campanha, que seriam desmontados após a pandemia, o Estado investiu na rede estadual de saúde e em parcerias com a rede privada e filantrópica. Assim, conseguiu disponibilizar 1.532 leitos específicos para Covid-19, sendo 715 de UTI e 817 de enfermaria: estes números representariam 13 hospitais de campanha com cerca de 120 leitos cada.
Por meio da Secretaria de Saúde (Sesa), o Estado iniciou trabalho de ampliação de leitos e reestruturação de forma regionalizada e rápida. Este foi um ponto fundamental para conseguirmos atender a todos, destaca o subsecretário de Regulação, Controle e Avaliação, Gleikson Barbosa.
Ele explica que os leitos foram distribuídos de forma a minimizar a necessidade de transferência de pacientes para outras regiões e, assim, agilizar o atendimento, em especial nos casos graves.
Na região norte do Estado, foram disponibilizadas 78 vagas de UTI e 66 de enfermaria; na região Noroeste, 55 de UTI e 98 de Enfermaria; na Metropolitana, 487 de UTI e 535 de Enfermaria e na Região Sul, 95 de UTI e 118 de Enfermaria.
Foi um planejamento bem feito. Sabemos que o agravamento do quadro de saúde na Covid-19 é rápido, por isso a importância da oferta de leitos de forma regionalizada, lembra Gleikson.
Um dos símbolos das políticas públicas do Estado contra a Covid-19 é o Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves. Ele é o segundo maior do país em número de leitos para tratamento da Covid-19, com 310 leitos, sendo 250 de UTI e não é o único a se destacar.
No fim do mês de outubro, o tradicional Hospital Estadual Dr. Dório Silva recebeu 40 novos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), destinados à rede de Urgência e Emergência do Estado. O investimento foi de R$ 6,4 milhões. O hospital, agora com 229 leitos ante 165 antes do início da pandemia, também se tornou referência no enfrentamento à Covid-19.
Através da organização das linhas de cuidado e com as premissas de regionalização, integridade, equidade e qualidade dos serviços de saúde, o estado está avançando constantemente com foco no cuidado do paciente, destaca Gleikson.
O fortalecimento da rede hospitalar do Espírito Santo, em especial a pública, já permitiu que mais de 500 leitos, originalmente disponibilizados para o enfrentamento da Covid-19, fossem direcionados para pacientes com acidente vascular cerebral (AVC), traumas, infartos e clínica médica.
Os leitos abertos vão ficar de legado para a sociedade capixaba, destaca o governador Renato Casagrande.
Além disso, o governo pretende levar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para todos os 78 municípios do Espírito Santo.
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