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Sicoob
As contas não batiam na vida da publicitária Danieli Carletti D’Ambrosio, de 41 anos. Juros altos e desordem entre gastos e ganhos acrescentavam preocupações, dividiam a renda, multiplicavam dores de cabeça e subtraíam o sonho do carro zero-quilômetro e de outros desejos de consumo. O cálculo só passou a ficar positivo quando ela aderiu a operações mais seguras, com taxas reduzidas, e puxou as rédeas das despesas.
O exemplo de Danieli comprova o poder da transformação proporcionado pela educação financeira, um ativo estratégico essencial para os orçamentos pessoais e domésticos. “Eu não era disciplinada. Era comum entrar no cheque especial. Só ficava pagando as taxas de juros. Não conseguia juntar dinheiro”, lembra.
Para equacionar essas dificuldades, a publicitária contou com uma ajuda providencial. O auxílio e a consultoria do gerente de Relacionamentos Atos Herberto Naitcel, do Sicoob ES, foram essenciais nesse resgate. A guinada veio. Associada à cooperativa financeira há três anos, Danieli identificou que os serviços da sua nova “casa” seriam as melhores opções para os seus projetos. Como diz, o encontro entre correntista e cooperativa “deu match”.
“Já consegui trocar de carro duas vezes nesses três anos no Sicoob ES. Nunca havia comprado um veículo zero-quilômetro antes. Essa troca é muito importante para evitar a depreciação do bem. Antes desses dois carros, eu tinha um automóvel mais popular, que mantive durante quatro anos. Se você se organiza e ainda dispõe de todo esse suporte, acaba de fato conquistando o que quer”, destaca.
A primeira orientação dada pelo gerente para Danieli é uma lição que pode e deve ser seguida por quem passa sufoco com constância: seja racional. “O passo inicial é conhecer a dívida e onde estão os gargalos. Se você tem uma despesa muito alta com os juros, foque a renegociação para diminuí-los. Proponha um prazo maior de quitação, com um comprometimento menor para cada mês; pagamentos mais suaves. O que não pode é deixar o passivo virar uma bola de neve”, ensina Atos.
O crucial para tudo não desarranjar, recomenda, é encarar o crédito como um aliado, e não como um vilão ou uma tentação irresistível que sucumbe a qualquer apelo comercial. “Desde que bem utilizado, o crédito pode ajudar você a ter qualidade de vida. Ele é saudável, o problema é o consumismo exacerbado. Não desvirtue a finalidade desse recurso. Se o crédito foi obtido para um determinado fim, por exemplo, comprar um eletrodoméstico, não invente a necessidade extra de trocar seu celular que nem está tão velho assim”, reforça Atos.
Outro ponto de atenção é sobre financiamentos tomados em sequência, seja no comércio, seja nos bancos. “Às vezes, dá a impressão de que uma parcela de R$ 99 é pequena, e realmente é. Mas, se você tomar outro crédito de R$ 99, mais outro de R$ 200, isso vai acumulando e corroendo seu salário. É assim que muita gente se endivida no cartão de crédito. Várias pequenas dívidas acabam criando superdívidas mensais. O que aconselho: se você tem condições, na hora da compra, em vez de financiar, por exemplo, em dez parcelas de R$ 100, negocie o desconto e pague à vista. Pague R$ 900 e tenha R$ 100 de abatimento.”
Resultado dessa sentença: no momento da aquisição, o impulso não é um bom conselheiro. Em contrapartida, o cálculo é seu amigo. Foi assim, gerindo melhor a sua vida, que Danieli conseguiu seu carro novo, valendo-se da consciência e do empréstimo consignado, com condições facilitadas e taxas menores no mercado.
“Troquei o carro dez dias antes do início da pandemia, em março de 2020. Foi por outro usado. Consegui quitar na metade do prazo, pois, com o auxílio e a educação financeira, não paguei juros elevados. Um ano depois, veio outra oportunidade, aí sim para comprar meu primeiro automóvel zero. Peguei um consignado, quitei o carro com que estava por meio desse dinheiro e financiei o outro com uma taxa que nem a loja pôde cobrir, a 0,99%. Na concessionária, estava a 1,40%. E assim realizei meu desejo.”
A cliente garante: muitos outros sonhos estão prestes a se concretizar. O próximo é viajar para a Disney com o filho, Mateus, de 8 anos. “Todo mês, eu pago um título de capitalização pelo banco. Dessa forma, junto dinheiro. Escolhemos uma modalidade que não iria abater no Imposto de Renda. Com esse recurso, vou para os Estados Unidos.”
Se o seu nome já estiver negativo na praça, renegocie o débito, estabelecendo prazos mais amplos e outras condições facilitadas que caibam no bolso. Na primeira prestação paga do novo financiamento, seu caminho fica mais tranquilo, pois o nome já sai da lista suja. Mas lembre-se: essa despesa será constante em seu orçamento por algum tempo. Não extrapole os outros gastos.
O ideal é que todas as despesas, incluindo as mensais como água e luz, comprometam no máximo 30% da sua renda. Então, na hora de calcular se uma nova dívida cabe no seu bolso, avalie todos os gastos fixos ou pontuais que você já tem.
Se você tem acesso a empréstimo consignado, o caminho pode ser ainda mais fácil para tirar seu nome da lista suja. Negocie com o seu banco, a taxas reduzidas, um crédito desse tipo que poderá ser usado para quitar integralmente a dívida original, por exemplo, com o comércio. Assim, sua nova dívida passa a ser com o banco, com taxas menores, pois o desconto incidirá sobre seu salário. Garantia de pagamento reduz o risco para o credor e, consequentemente, encolhe os juros.
Ganhe os juros, não pague por eles. Como assim? Simples: compre à vista quando você puder esperar mais tempo até a obtenção do bem. Junte todo mês certa quantia, aplique-a e deixe essa economia render no banco. Quando ela chegar ao valor desejado para a compra, vá até o estabelecimento vendedor e negocie um desconto para aquisição no ato. Dessa forma, você ganha duas vezes: com o rendimento da aplicação no banco antes da compra e com o desconto no ato da transação.
É o recurso usado em caráter emergencial quando não houver saldo. Mas atenção: use-o por pouco tempo e com parcimônia.
Fonte: Atos Herberto Naitcel, gerente de Relacionamentos do Sicoob ES
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