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Atleta capixaba Alison Mamute é contra retorno de jogos sem público

Atleta capixaba Alison Mamute é contra retorno de jogos sem público

"Até que ponto é válido um evento sem público? A gente joga pela torcida, pela beleza do esporte e por amar isso. Vou ter que me adaptar, se acontecer, mas não é algo que concordo", declarou o atleta, que está em Vitória

Publicado em 17 de maio de 2020 às 14:25

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Alison Cerruti, o Mamute, jogador capixaba de vôlei de praia
Alison Cerruti, o Mamute, jogador capixaba de vôlei de praia. (GZ)

Medalhista de ouro em 2016 no vôlei de praia, o capixaba Alison Cerruti, o Mamute,  busca manter a saúde mental além da física em dia durante o isolamento que vive, em Vitória, durante a pandemia do novo coronavírus. O foco está nas Olimpíadas de 2020, adiadas para o próximo ano,  e conta como está sendo encarar esse desafio.

"É um momento novo para todos, às vezes todo mundo tem a solução, às vezes ninguém tem. Estou tentando cuidar muito da cabeça, pensar coisas positivas, pois as notícias chegam bem assustadoras. Perder menos condicionamento possível, treinando em casa e fazendo acompanhamento psicológico com minha psicóloga que mora em São Paulo. Estou torcendo para que possamos lutar junto contra esse  momento devastador", disse em entrevista à Rádio CBN.

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Com carreira de 15 anos, Alison conta que o treinamento mental durante a carreira o ajudou a ter as maiores conquistas no vôlei. Porém, agora tornou-se um pilar essencial para passar pelo isolamento e pelo adiamento das Olimpíadas.   "A gente tenta se manter motivado, pensar coisas positivas, ficar bem toda semana.  Busco me manter informado com as notícias, mas também manter sempre  a cabeça boa, pois só pensarmos em coisas ruins é  uma bolha muito difícil de sair depois", contou. 

Alison Cerruti, o Mamute, jogador capixaba de vôlei de praia
Alison Cerruti, o Mamute, jogador capixaba de vôlei de praia. (GZ)

PREPARAÇÃO PARA AS OLIMPÍADAS

A dupla Alison e Álvaro Filho já estava classificada para as Olimpíadas de 2020, em Tóquio, Japão, quando o comitê organizador decidiu adiar o evento devido ao novo coronavírus.

"O adiamento fez a equipe toda se reorganizar. Vou estar com 35 anos e penso no que posso fazer para chegar bem no ano que vem, como engordar o menos possível e perder menos força possível.  Estou tentando passar longe da cozinha,  mas a ansiedade faz a gente comer mais. Somos atletas de alto rendimento, mas também humanos", desabafa  Alison. 

O jogador também vê com apreensão a possibilidade dos jogos olímpicos acontecerem sem público. "O governo disse que se não tiver vacina, não tem olimpíada ou  será sem torcida. Temos que pensar até que ponto é válido um evento sem público. A gente joga pelo público, pela beleza do esporte e por amar isso. Vou ter que me adaptar se acontecer isso, mas  não é algo que concordo", declarou. 

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Sou otimista e espero que essa pandemia passe logo e que as Olimpíadas sejam a cereja do bolo, com a união dos povos na realização do maior torneio do mundo. Vai ser uma emoção muito grande pra quem participará ou assistirá, um sinal de superaçao.

Alison Cerruti, o Mamute
Jogador de vôlei
Aspas de citação

Para Alison, o público nas quadras de areia tiveram um incentivo grande para que ele conquistasse a medalha de ouro em 2016 no Brasil. "O país vivia um momento crítico e uma crise financeira. O  Brasil abraçou as olimpíadas. As minhas melhores vitórias foram ao lado da torcida brasileira, que fez a diferença.  Não sei se vale a pena voltar com os jogos só para cumprir calendário.  Penso o lado do atleta, pois fazemos por amor", afirmou. 

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