Trechos de uma conversa de Rogério Caboclo com a funcionária que o denunciou por assédio moral e sexual foram revelados na noite deste domingo (6). Horas antes, o presidente da CBF foi afastado do cargo.
O "Fantástico" reproduziu parte de gravações, feitas no dia 16 de março deste ano. Nos áudios, Caboclo pergunta se a funcionária "se masturba" e se ela "está dividida" entre dois funcionários.
Além disso, o presidente oferece bebida alcoólica a ela e relata que tinha prometido não falar mais de assuntos particulares com a funcionária.
Para preservar a vítima, suas respostas não foram reproduzidas em reportagem exibida no programa da Globo. O "ge", porém, transcreveu a conversa na íntegra.
Hoje, a Comissão de Ética do Futebol determinou o afastamento de Caboclo do cargo por pelo menos 30 dias, com possibilidade de prorrogação, para se defender devidamente da denúncia de assédio moral e sexual.
Rogério Caboclo: Seu coração tá no cabeção ou no pilotão?
Funcionária: Em nenhum dos dois
RC: Em quem tá?
F: Não tá em ninguém, é verdade. Mulher consegue ficar bem sozinha.
RC: Eu conheço minha mulher há 26 anos... Já apaixonei, pirei por amor.
[...]
RC: Eu tinha te jurado que eu não ia falar sobre assuntos particulares. Ela tem a b... dela e eu tenho o meu pau [...] Eu sou horroroso?
F: Chefe, eu não vou entrar no assunto da vida sexual de vocês [ri constrangida].
RC: [...] Ela vai fazer ginástica, vai voltar tesuda [...]
F: Então, todo mundo. Deixa ela ser feliz.
RC: Sabe o que eu sou contra? Nada [...] Você quer uma taça de vinho? [...] Não... se não parece que eu tô louco [...] Posso te fazer uma pergunta?
F: Chefe, não vou me meter na sua vida sexual seu e da [...]. Não vou, não vou.
RC: Não é isso. É na sua [vida pessoal].
F: Deixa a minha [vida pessoal] quietinha.
RC: Você consegue resistir ao [...] todo dia dando em cima de você?
F: Consigo, nós somos amigos. Acabei de falar, consigo, ponto, nós somos amigos. E tá tudo bem, tá tudo certo, nós somos amigos, a gente se dá bem, ele no sofá, eu no quarto e tá tudo bem.
RC: Eu não acredito.
F: Eu não tenho por que mentir, não.
RC: Tá bom. Segunda pergunta. Posso?
F: Fala.
[...]
RC: Você se masturba?
F: Chefe, tchau.
RC: Ei...
F: Não quero falar disso, não quero. Eu vou avisar ao [...] que você tá lá embaixo.
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