O artilheiro e craque da Seleção Brasileira, Richarlison, conquistou o coração dos brasileiros com o carisma, bom humor e muitos gols. Mas, se no futebol o camisa nove canarinho é sinônimo de sucesso, nos estudos ele já admitiu que nunca foi um bom aluno.
O "Pombo", como é conhecido, já fez até piadas sobre seu desempenho na escola durante entrevistas, admitindo que reprovou em artes mesmo tendo o próprio tio como professor. Mas para professores de uma escola em Águia Branca, no Noroeste do Espírito Santo, é motivo de muito orgulho ter tido o jogador como aluno.
Natural de Nova Venécia, Richarlison foi para Águia Branca em 2013 para seguir o grande sonho de jogar futebol profissionalmente e começou a jogar pelo Real Noroeste. Se desde cedo o jogador já era bom de bola, nas notas ele ficava na média na maioria das disciplinas.
“Apesar de ser um aluno tranquilo, nós percebemos que tinha algumas disciplinas que ele preferia. As notas das outras disciplinas eram médias, 18,19, 16, mas em educação física era 28”, conta com bom humor o professor de Biologia, Vinicius Cortelti para a repórter Thaynara Lebarchi, da TV Gazeta Noroeste.
Educação física era a disciplina favorita do jogador, segundo os professores. E era na quadra da escola que ele passava a maior parte do tempo. Para a professora de sociologia Maria Elizabethe, era até difícil ver o aluno em sala de aula. “Sempre que eu procurava Richarlison na sala, ele estava no corredor, atrás da educação física”, conta.
Se para os professores das outras disciplinas era difícil manter a atenção do jogador, para o professor de Educação Física, Gilmarcio Aloquio, Richarlison era um dos melhores alunos.
No início o adolescente calado parecia tímido para o professor, mas aos poucos ele foi se soltando durante as aulas. E não faltam histórias para contar sobre o atacante da seleção brasileira.
“Um fato que não sai da minha memória é que ele gostava de driblar o time adversário inteiro. Ele levou a bola para o canto de fundo, quando veio os adversário ele deu um drible desconcertante em três meninos, e saiu de frente para o gol, mas ele voltou com a bola para o meio de campo para os garotos irem marcar ele de novo e ele driblar novamente, e fazer o gol. Ele não se contentou com um drible só. Ele gostava de ficar com a bola no pé”, conta Gilmarcio.
Durante os dois anos em que ele estudou na escola do município, era responsabilidade da coordenadora Lúcia Helena de Angeli Losa tentar tirar Richarlison da quadra e levar o jogador para a sala de aula.
“Ele era muito calado, mas o que eu mais lembro eram as tentativas de levar o Richarlison para a sala de aula depois dos jogos que tinham na hora do recreio, ele permanecia na quadra. Eu lembro do olhar dele [para a quadra] quando eu tentava levar ele para a sala, ele olhava para trás e dava um sorriso”, relata.
Desde então a escola mudou bastante, mas, além das histórias e lembranças com o craque, ainda é possível encontrar Richarlison pelos corredores do colégio, mas agora estampando as paredes da escola em uma homenagem feita pelos alunos, que se inspiram no craque para alcançar sonhos.
O estudante Heitor Nascimento Rocha joga bola na mesma quadra usada por Richarlison. Para ele, que também sonha em ser jogador profissional de futebol, o “Pombo” é uma inspiração.
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