Mais uma atleta de ponta do esporte brasileira foi pega no doping. Desta vez, Camilla Lopes, melhor atleta do país na ginástica de trampolim, que foi flagrada com um diurético proibido durante o Campeonato Mundial disputado no ano passado em Tóquio, no Japão. Ela foi suspensa por nove meses, mas já está liberada para voltar a treinar e competir.
O caso de doping só foi tornado público pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) na semana passada, depois de encerrada a suspensão, que foi aplicada de forma retroativa. Camilla perdeu todos os resultados conquistados entre 30 de novembro de 2019 e 29 de julho de 2020, dia do julgamento. O gancho terminou em 17 de agosto.
O painel da FIG entendeu que Camilla não teve culpa ou negligência significativa no resultado positivo para uma substância proibida e por isso aplicou a ela uma suspensão tão baixa. A publicação da federação internacional não detalha os argumentos apresentados pela brasileira, que treina em um centro de excelência nos Estados Unidos.
O doping na ginástica é bastante incomum, tanto que o site da FIG informa apenas duas atletas, ambas do Cazaquistão, que estão suspensas. Mas o Brasil tem se especializado em casos raros de doping. Jorge Zarif, campeão mundial de vela, sequer foi julgado pela federação internacional porque não há painel formado na entidade - ele acabou julgado no Brasil e perderia a Olimpíada se não fosse o adiamento. Até no nado artístico o país teve um caso de doping na véspera do Mundial do ano passado, por contaminação.
Camilla é responsável pelos melhores resultados da ginástica de trampolim brasileira na prova olímpica, individual. Ela foi 14ª colocada no Mundial de 2018 e, no ano passado, também chegou à semifinal - o resultado foi cassado pelo doping. Ela ainda tem chances de classificação para a Olimpíada pelo ranking da Copa do Mundo, onde atualmente é a 24ª colocada, ou pelo campeonato continental.
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