Um seguro de US$ 2 bilhões (R$ 10,2 bilhões) celebrado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) ajudará nos custos relacionados ao adiamento da Olimpíada de Tóquio para 2021. Ainda assim, será grande o prejuízo da alteração no calendário em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
"Para nós, já está claro que teremos centenas de milhões de dólares em custos adicionais", afirmou o presidente do COI, Thomas Bach, em entrevista ao jornal alemão Welt.
O seguro de que dispõe a entidade é contra terrorismo, catástrofes naturais e pandemias. De acordo com Bach, ele cobre o cancelamento dos Jogos neste ano, mas não os custos envolvidos no estabelecimento das novas datas.
A conta não é simples. O custo oficial da Olimpíada, apontado por órgãos governamentais japoneses, era de US$ 12,6 bilhões (R$ 64 bilhões). Uma auditoria do governo apontou, no entanto, que já tinham sido atingidos US$ 28 bilhões (R$ 142 bilhões).
Ainda que seja legítima a discussão sobre o que é efetivamente um gasto olímpico e o que é investimento na cidade, não há dúvidas sobre o alto custo da mudança das competições de 2020 para 2021. Será necessário rever o que estava no planejamento do COI.
O comitê estimava um ganho de US$ 5 bilhões (R$ 25,4 bilhões) com os Jogos. Na última edição, em 2016, no Rio de Janeiro, a entidade afirmou, em sua prestação de contas, ter arrecadado US$ 3,7 bilhões (R$ 18,8 bilhões, na cotação atual).
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta