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Esperança de medalha em Tóquio, Zarif disputa o Brasileiro de Vela de Oceano com barco capixaba

Esperança de medalha em Tóquio, Zarif disputa o Brasileiro de Vela de Oceano com barco capixaba

Jorge Zarif, quarto colocado na Rio 2016 e campeão mundial em 2013, é atleta da classe Finn e disputa o campeonato em Ilhabela (SP)

Publicado em 21 de novembro de 2020 às 17:10

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Zarif de camisa azul e casaco cinza e preto ao lado do Luciano Secchin de boné branco em um barco com outros competidores
Jorge Zarif disputará Campeonato Brasileiro de Vela por barco capixaba. (Ana Bassi/Balaio de Ideias)

Uma das grandes chances de medalha para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021, o paulista Jorge Zarif, que compete na modalidade Finn, disputa o Campeonato Brasileiro de Vela de Oceano da categoria por um barco capixaba neste final de semana. No primeiro dia de competições, sábado (21), o barco terminou em quarto lugar, entre 400 velejadores.

Zarif ficou afastado por 12 meses devido a uma punição por doping, mas vinha treinando na raia de Ilhabela, em São Paulo. Ele foi convidado de última hora para participar do campeonato pelo barco +Bravíssimo, do Iate Clube do Espírito Santo, comandado pelo capixaba Luciano Secchin. A embarcação é a atual campeã do 51º Circuito do Rio de Janeiro, disputado no início do mês de novembro. 

Por conta da campanha na classe Finn, pela qual foi campeão mundial em 2013 e quarto lugar na Olimpíada do Rio em 2016, Zarif não vinha competindo na Vela de Oceano. O atleta, agora, pode reviver os momentos que, segundo ele, trazem boas lembranças.

"Muito bacana correr de oceano, tripulação aqui ganhou o 51º Circuito Rio, pessoas muito bacanas. Sempre é um prazer muito grande velejar de oceano. Meu pai, Jorge Zarif Neto, tinha um barco de oceano, primeiro um LC30, depois um Farr43. Com treze anos ganhei aqui a Semana de Vela na classe IMS, que atualmente é a ORC, em 2005. Com certeza, uma das recordações mais especiais em minha vida de velejador. Lembrança que guardo até hoje apesar de fazer 15 anos", contou.

Zarif afirmou que costuma competir na categoria individual, mas valorizou o fato de disputar a prova em equipe. Segundo o atleta, a experiência desperta o sentimento de união, por estar ao lado de pessoas que ele conhece e gosta.

"Eu velejo de barco individual, sempre bacana ganhar um campeonato em equipe, desperta um lado de união, com seus amigos, outros velejadores, pessoas que você gosta. Sempre que dá eu velejo de oceano, com campanha olímpica e sempre velejando pela Europa fica difícil, mas a partir de 2022, quando provavelmente não vou estar mais nessa vida de campanha olímpica, vou participar mais", afirmou.

PRÓXIMAS COMPETIÇÕES

Jorge Zarfi decidiu não embarcar para o período de treinamento dos atletas olímpicos brasileiros em Caiscais, Portugal, por não ter a oportunidade de competir contra representantes de países europeus. Agora, os próximos planos são participar da Copa do Brasil de Vela, em 2021, no Rio de Janeiro, já que em 2020 não há mais competições internacionais. O atleta ainda destacou que já possui planos para o caso de as competições não acontecerem, por conta da pandemia do novo coronavírus.

"Estou seguindo cronograma normal de treinos. Não velejo contra os europeus desde dezembro. Temos vários campeonatos ano que vem. Se forem confirmados, teremos o Mundial no Porto, Europeu na França, em junho outro campeonato na raia de Enoshima, antes dos Jogos de Tóquio. O planejamento está feito, fizemos um A, B e um C. O primeiro, caso tenha tudo, o segundo, se só tiver Olimpíada e outro, se não tiver nada. Está tudo traçado, é só ver o caminho a seguir", explicou.

"OBJETIVO É BRIGAR PELA MEDALHA"

O velejador classificou as Olímpiadas, sobretudo a categoria Finn, na qual compete, como muito equilibradas. Mas, depois de bons resultados, dos quais se destacam a quarta colocação olímpica em 2016 e o título mundial em 2013, Zarif afirmou que vai para o Japão em 2021 com o objetivo de brigar por uma medalha.

"Pódio é muito difícil para qualquer pessoa, Finn é muito equilibrada. Na Rio 2016, antes da Medal Race, que foi a última regata, foram sete pontos de diferença do terceiro ao 11º colocados. Tem sempre alguém diferente ganhando os campeonatos, é uma classe muito parelha. Quatro velejadores têm tido nível um pouco melhor que o meu, da Inglaterra, da Hungria, da Nova Zelândia e da Holanda. Depois de ser quarto na última olimpíada, título mundial, só quero enxergar um degrau acima. O objetivo é brigar pela medalha", finalizou.

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