O desejo da FPF (Federação Paulista de Futebol) é que os clubes voltem a treinar a partir de segunda-feira (15) para o reinício do estadual. Mas isso só vai acontecer com o aval dos governos estadual e municipais.
O assunto foi discutido em videoconferência nesta quarta (10) entre a diretoria da FPF e os presidentes das 16 equipes da Série A1 do Campeonato Paulista. A orientação é para que os jogadores sejam testados para a Covid-19 já pensando no retorno da competição que ainda não tem data para acontecer.
Nesta quinta (11), o presidente da Federação, Reinaldo Carneiro Bastos, e os mandatários de Corinthians (Andrés Sanchez), Palmeiras (Maurício Galiotte) e São Paulo (Carlos Augusto de Barros e Silva) vão se encontrar com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB). Vão entregar ao político o documento com o protocolo de intenções dos clubes para a retomada do futebol.
O plano é que os atletas treinem com distanciamento social, em pequenos números e divididos em diferentes horários. É cópia do que foi feito na Alemanha, que reiniciou seu campeonato em 16 de maio.
Na teleconferência, ficou definido que os demais times fariam o mesmo nas suas cidades. A autorização pode ser problemática para cidades que ainda estão em fase considerada crítica no combate à pandemia, como Ribeirão Preto, por exemplo. Isso pode fazer que, em uma possível volta do estadual, o Botafogo tenha de treinar e jogar em outra região.
Foi acordado também que o Red Bull Bragantino, único clube que havia obtido autorização para atividades, vai interromper os trabalhos para não ter vantagem sobre os adversários. Retornará apenas em conjunto com os outros 15 times.
Por causa do vírus, o Campeonato Paulista está interrompido desde 16 de março, quando Ponte Preta e Guarani fizeram o clássico de Campinas.
A FPF tem agido com cuidado nos bastidores para não passar a imagem de pressa para o retorno do futebol. Determinou que isso vai acontecer apenas com autorização do Poder Público e com a aprovação do seu protocolo sanitário. Clubes como o Palmeiras concordam com essa posição e não deseja que os times sejam insensíveis a um problema de saúde pública.
Há outros que têm mais pressa, principalmente porque veem a volta como o gatilho para receberem a última parcela do contrato com a Globo dos direitos de televisionamento.
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