Se Jorge Jesus esperava dificuldade do time brasileiro que mais complicou o Flamengo em 2019, o talento dos jogadores de ataque rubro-negro fez com que o cenário fosse mais fácil na decisão da Supercopa do Brasil, realizada na manhã deste domingo (16). Com amplo domínio ao longo do jogo, o time carioca venceu o Athletico-PR por 3 a 0 e conquistou mais um título com o técnico português. Houve gritos de "olé" no Mané Garrincha (DF) nos minutos finais.
Agora, Jesus coleciona os troféus do Brasileiro, da Libertadores e o deste domingo pela equipe carioca. Bruno Henrique abriu o placar e Gabigol ampliou, ainda no primeiro tempo. Na etapa final, Arrascaeta fechou a conta.
O Flamengo se concentra agora em outra decisão. Na próxima quarta (19), o clube vai ao Equador enfrentar o Independiente del Valle, pela Recopa Sul-Americana. A taça do continente é decidida em partidas ida e volta. Já o time de Curitiba, que utiliza o elenco sub-23 no Paranaense, recebe o Cascavel CR no sábado (22).
Um dos melhores em campo, Gabigol precisou de um intervalo de 13 minutos para deixar o Flamengo muito perto da taça da Supercopa do Brasil. O jogador era a principal arma ofensiva do time e dava muito trabalho para a defesa do Athletico-PR com e sem a bola. Com ela nos pés, mostrava aquele faro de gol que a torcida se acostumou em 2019.
E isso não significa apenas em balançar as redes, mas também servir os companheiros. E foi justamente isso que ocorreu. Aos 15 min, ele cruzou na medida para Bruno Henrique, de cabeça, vencer Santos e abrir o placar.
Gabigol seguiu incomodando a zaga adversária até mesmo quando a bola estava do outro lado. Com uma forte marcação, ele atrapalhava e muito a criação das jogadas com os defensores. Em um desses lances, o centroavante aproveitou falha de Márcio Azevedo, roubou a bola e marcou o segundo do Flamengo.
Falhar, para qualquer jogador da primeira linha, costuma ser fatal. Quando o adversário é o Flamengo, de Bruno Henrique e Gabigol, a chance de comprometer é ainda maior. Foi o que aconteceu com Márcio Azevedo, que recuou fraco de peito para Santos e viu o camisa 9 flamenguista aproveitar. Na volta do intervalo, Dorival Júnior trocou o lateral por outro: entrou Abner Vinícius.
A equipe de Jorge Jesus repetiu o alto nível de atuação e, com intensidade e entrosamento, neutralizou o rival. Foi assim que, aos poucos, empurrou o Athletico e construiu o placar. No primeiro tempo, por exemplo, o Fla teve 69% de posse de bola, além de criar as principais jogadas de perigo. Quando deu espaços na marcação, Diego Alves apareceu para manter a defesa zerada.
O time do Furacão mudou bastante após a janela de transferências do começo do ano e as saídas foram sentidas. Sem Bruno Guimarães, Léo Pereira, Marco Ruben e Marcelo Cirino, que deixaram o clube, os paranaenses mostraram dificuldade para criar e sair da pressão rubro-negra. Até mesmo o contra-ataque não funcionou e a equipe acabou controlada.
A dupla de ataque do Flamengo não demorou para aparecer. Com 15 minutos, Gabriel recebeu na direita e cruzou na medida. Bruno Henrique se lançou entre os zagueiros e desviou de cabeça para abrir o placar. Oportunista, Gabigol deixou o seu aos 28 minutos.
Ele aproveitou um recuo fraco de Márcio Azevedo para Santos, antecipou-se no lance e empurrou para as redes. No segundo tempo, aos 23, Arrascaeta balançou as redes e praticamente definiu o resultado. Bruno Henrique partiu em velocidade pela esquerda e tocou para o meio. Na sobra, o uruguaio encontrou o gol livre e chutou.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) esteve no Mané Garrincha para assistir à partida. Ele acompanhou o duelo ao lado de Rogério Caboclo, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), e Sergio Moro, ministro da Justiça, e chegou ao estádio antes do jogo para acompanhar o show de Maiara e Maraisa.
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