A França preparou alternativas para a realização da cerimônia de abertura das Olimpíadas, no dia 26 de julho, no Rio Sena, caso haja necessidade por motivos de segurança, disse o presidente Emmanuel Macron na última segunda-feira (15). Os conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia, bem como a ameaça de ataques terroristas, levaram o governo francês a elevar o alerta de segurança ao seu nível mais alto. Macron disse estar confiante de que a cerimônia planejada para os Jogos, com grande multidão ao redor do Sena, onde cerca de 160 barcos partirão para uma viagem de 6 km, será um grande sucesso.
Mas a França, acrescentou ele, não é ingênua. “Se acharmos que há riscos de segurança, teremos planos Bs e até mesmo Cs”, declarou. Uma opção, segundo ele, seria restringir a cerimônia à praça central do Trocadero, em Paris, de frente para a Torre Eiffel. Outra, seria transferir o evento para o Stade de France. Em seguida, Macron tentou - e não conseguiu - convencer uma mãe, preocupada com os riscos de segurança, a deixar seu filho ir à cerimônia no Rio Sena. “Se houver um lugar no qual seu filho estará seguro, será lá”, declarou Macron à mãe, que fez a pergunta durante uma entrevista à BFM TV e à rádio RMC.
“Deixe-o ir, é uma vez a cada 100 anos, as Olimpíadas [em Paris]”. A mãe não convencida respondeu que esperava que seu filho trabalhasse naquele dia e não pudesse comparecer. Macron, que deu sua entrevista no museu Grand Palais, em Paris, que acaba de ser reformado para sediar as competições de esgrima e taekwondo, afirmou que não havia mudado de ideia sobre nadar no Sena.
Paris tem trabalhado na limpeza do Sena para que as pessoas possam nadar nele novamente, como aconteceu durante as Olimpíadas de Paris de 1900. Mas um problema de esgoto no verão passado levou ao cancelamento de um evento de natação pré-olímpico.
A liderança olímpica e paralímpica dos Estados Unidos está confortável com os planos de segurança do Rio Sena que os anfitriões têm para a cerimônia de abertura, disse a chefe de segurança da equipe, Nicole Deal. “Sem dúvida, uma cerimônia de abertura sem precedentes”, disse ela aos repórteres em Nova York. “Tenho trabalhado com os franceses, e eles colocaram toneladas de recursos [...] e capacidades no local, muitas que vocês não veem. E eles estão trabalhando nesse plano há muito tempo”.
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