Com o futebol parado no Brasil, os torcedores não veem a hora de voltar a ver os seus times em campo. Mas enquanto a bola não rola, adeptos de três das quatro maiores equipes do Espírito Santo marcaram um gol de placa no quesito solidariedade.
Aconteceu da manhã até o início da tarde deste sábado uma ação social de arrecadação de alimentos, promovida por torcidas organizadas do Rio Branco-ES (Comando Alvinegro), Vitória-ES (Sangue Azul) e Serra (Super Raça Tricolor).
O evento que, rolou na Praça Costa Pereira, no Centro da Capital, reuniu, além de vários torcedores dos três times, os já tradicionais mascotes: o Cavaleiro Capa-Preta (Rio Branco-ES), a Águia Azul (Vitória-ES) e a Cobra-Coral (Serra).
Em entrevista ao telejornal ES1, da TV Gazeta, Gabriel Nascimento, que é representante da torcida Sangue Azul e também um dos organizadores da ação, ressaltou a união entre as torcidas organizadas para a ação dar certo.
"Juntamos os torcedores dos times, já que o futebol está nos fazendo falta, e resolvemos fazer algo diferente. Estamos passando por uma dificuldade mundial, não existe culpado, não existe certo e nem errado. A gente não vai conseguir mudar o mundo, mas quando as torcidas deixam a rivalidade de lado e se juntam numa causa nobre as coisas acontecem."
O torcedor também afirmou que a tendência é que outras ações solidárias aconteçam em outros municípios, para atender comunidades próximas às outras equipes participantes, no caso Cariacica (Rio Branco) e Serra.
Na ação deste sábado foram arrecadadas cerca de 20 cestas básicas, que serão repassadas à Central de Doações e os produtos irão atender às comunidades do Morro da Piedade e Morro do Moscoso, ambas em Vitória.
Segundo time mais vencedor do futebol capixaba, a Desportiva Ferroviária não esteve presente na ação solidária e sequer enviou o seu mascote, o Maquinista Grená. A reportagem do GloboEsporte.com entrou em contato com o gerente de marketing da Tiva, Clelton Piancó, para saber os motivos da não participação dos grenás e o dirigente afirmou que como foi uma ação feita por torcedores dos clubes, a diretoria não foi consultada.
"A Desportiva, toda vez que é solicitada em relação às causas sociais a gente tem abraçado, ainda mais nesse período de pandemia, que o clube entende como muito importante. Fizemos uma ação social no Hospital Infantil de Vila Velha e depois distribuímos quase 800 máscaras em Cobi de Baixo. Mas nesse caso específico, o clube não foi procurado, até por ser uma ação de torcidas. Alguma organizada da Desportiva pode ter sido procurada, mas o porque deles não terem ido eu não sei."
Procurado, o presidente da torcida organizada Grenamor, Júnior Firme, confirmou que o seu grupo preferiu fazer ações solidárias individuais.
"A Torcida Grenamor não nega e nunca negou seu papel social. Temos um cronograma pré-definido de ações sociais para cada ano. Mas, nesse momento difícil de pandemia, estamos desenvolvendo um trabalho com membros da torcida e torcedores próximos. Porém, optamos por não dar publicidade", afirmou.
As informações são do Globoesporte.com
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