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Capixaba pede demissão para ver o Flamengo no Mundial de Clubes, no Catar

Capixaba pede demissão para ver o Flamengo no Mundial de Clubes, no Catar

Fabrício Cypreste, de 40 anos, é designer gráfico e acompanha a maioria dos jogos do Flamengo desde 2008; pelo time, o homem não mede esforços e, desta vez, desembolsou R$ 20 mil para ir até o Catar no Mundial de Clubes

Publicado em 9 de dezembro de 2019 às 20:15

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Fabrício no Uruguai, no jogo do Flamengo contra o Peñarol. (Fabrício Cypestre)

Um capixaba e torcedor fanático do Flamengo pediu demissão na empresa em que trabalhava para acompanhar o time no Mundial de Clubes, que acontece entre os dias 17 e 21 no Catar. Nascido em Vila Velha, o designer gráfico Fabrício Cypreste, de 40 anos, conversou com a reportagem de A Gazeta e frisou que não abre mão de assistir e acompanhar o time do coração.

"Nunca gostei muito de trabalhar fixo porque sempre assisto aos jogos do Flamengo. Quando entrei nessa agência de publicidade, há quatro meses, falei com o rapaz: 'Não abro mão de assistir o Flamengo'", contou. A ideia de ir até o Catar surgiu na final da Libertadores, onde o Flamengo derrotou o River Plate por 2 x 1.

"Falei com ele: 'Rapaz, quero demissão porque vou ficar 14 dias no Catar para ver o mundial. Não posso deixar de ver o campeonato'. Ele ficou chateado e falou: 'Faz o seguinte: faz o serviço do mês de dezembro todinho e viaja. Quando você voltar, a gente vê o que faz', revelou.

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Peguei o cartão da minha mãe, comprei a passagem sem R$ 1 no bolso. Fiquei empolgado e comprei. Em média, vou gastar R$ 20 mil. Lá no Catar é tudo caro, ficarei 14 dias

Fabrício Cypreste
Design gráfico 
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A paixão pelo Flamengo surgiu ainda criança e, de acordo com Fabrício, foi herdada do pai. "Sou flamenguista desde que nasci por causa do meu pai. Quando eu era criança, mesmo de castigo ele me deixava sair se fosse para assistir o Flamengo. Eu ia sozinho para o estádio desde muito novo", disse.

Capixaba pede demissão para ver o Flamengo no Mundial de Clubes, no Catar
Bira Cypreste, pai de Fabrício. (Fabrício Cypestre)

Este ano, Fabrício diz que já esteve em vários países e Estados acompanhando o time. Ele contou que vai na maioria dos jogos desde 2008, e que já fez até uma bariátrica para poder vestir a camisa do Flamengo. "Estou me desdobrando para ir nesse jogo porque é um sonho. Desde criança eu falava que, se fosse para o mundial, eu iria mesmo que a pé. É muita grana para gastar porque não dá tempo de se recuperar de um jogo para o outro", completou.

O torcedor, que está há alguns dias sem dormir para tentar dar conta do trabalho do mês de dezembro, lamenta pelo desemprego — mas diz que faria qualquer coisa para não perder o Flamengo no Mundial. "Provavelmente vou ficar desempregado, mas sendo campeão", brincou.

O capixaba estava desde 2012 sem conseguir um emprego fixo, apenas trabalhando por conta própria fazendo peças de publicidade e propaganda. "E era justamente por causa do Flamengo, porque sei que nesses empregos é difícil se manter por conta do calendário do time. Gosto de acompanhar tudo", finalizou.

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Fabrício e Gabigol, atacante do Flamengo. (Fabrício Cypestre)

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