Denúncia de assédio moral e sexual, afastamento de presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), governantes opinando sobre Tite e os rumos da Copa América no Brasil. Em meio ao noticiário que cerca o futebol brasileiro, haverá bola rolando nesta terça-feira (8).
A seleção brasileira enfrenta o Paraguai, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, pela oitava rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo. A partida, que acontece às 21h30 (de Brasília), terá transmissão da Globo.
O Brasil, que vem de vitória por 2 a 0 sobre o Equador, lidera a disputa com 15 pontos (cinco vitórias em cinco partidas), seguido pela Argentina, que tem 11.
Nesta segunda-feira (7), os atletas e a comissão técnica da seleção decidiram que irão jogar a Copa América, ainda que haja insatisfação do grupo com relação à maneira como a CBF assumiu o torneio após as desistências de Colômbia e Argentina, as sedes originais da competição.
A possibilidade de boicote chegou a ser ventilada quando Rogério Caboclo ainda era o presidente da entidade. O dirigente, entretanto, foi afastado do cargo por 30 dias após ser acusado de assédio sexual por sua secretária.
Desde a semana passada, no início da preparação para o primeiro jogo desta data Fifa, contra o Equador, também pelas Eliminatórias, os jogadores e Tite procuraram deixar a discussão da Copa América de lado, ao menos publicamente.
Tanto o técnico como o capitão, Casemiro, falaram que a posição do grupo é muito clara, mas evitaram externar quais os pontos fundamentais da discordância antes do confronto com os paraguaios.
O jogo desta terça-feira é a prioridade de atletas e comissão técnica neste momento, já que as Eliminatórias são o caminho para a próxima Copa do Mundo, em 2022, no Qatar.
O maior interesse, porém, não está na partida em si, mas no ato que o grupo planeja realizar após o compromisso em Assunção.
Jogadores e comissão estudam a publicação de um manifesto contrário à realização da Copa América. Embora assumam que jogarão o torneio, querem deixar claro e tornar público o descontentamento com a disputa.
"Para nós o vital é a nossa preparação, jogar bem. Estamos na Copa do Mundo. Eliminatórias já é um processo de Copa do Mundo, muitas vezes as pessoas não se dão conta disso. Para nós, nesse momento, isso não tem essa prioridade. Depois sim, reitero o que o Casemiro disse, há respeito e no nosso tempo vamos nos manifestar", afirmou Tite na entrevista coletiva desta segunda.
O técnico da seleção evitou falar sobre o afastamento de Rogério Caboclo da presidência da CBF.
"Sabemos a dimensão que tem, a gravidade do caso, temos consciência disso. Agora existe um Comitê de Ética da CBF que toma as devidas providências. Não é da nossa alçada", disse o treinador.
Com relação à equipe que bateu os equatorianos por 2 a 0 na última sexta-feira (4), Tite deverá promover uma mudança no ataque.
Titular em Porto Alegre, Gabigol treinou com o time reserva nesta segunda, e Gabriel Jesus trabalhou ao lado de Richarlison e Neymar entre os titulares.
Quem não foi a campo para a atividade foi o zagueiro Rodrigo Caio, que sentiu dores no joelho direito e trabalhou com os fisioterapeutas da seleção. O defensor do Flamengo seguirá sob tratamento e observação do departamento médico.
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