A morte de Diego Armando Maradona aos 60 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória, mexeu com o mundo nesta quarta-feira (25). Amigos, familiares, ex-companheiros, clubes ao redor do mundo e pessoas públicas de todas as áreas usaram as redes sociais para se despedir daquele que para muitos foi a maior personalidade do futebol de todos os tempos. Poucas horas após o anúncio do falecimento do "Pibe de Oro", como era conhecido, o ex-zagueiro Aldair, campeão mundial pela Seleção Brasileira em 1994 e com passagens pelo Benfica, Roma, Flamengo e Rio Branco, definiu Diego como "simplesmente um gênio".
Em uma rede social, o ex-jogador escreveu: "Simplesmente um gênio! Descanse em paz Diego".
Aldair e Maradona são contemporâneos no futebol. Além de carregarem histórias do clássico Brasil x Argentina, ambos são ídolos de clubes italianos: Maradona pelo Napoli e Aldair pela Roma.
Apesar de não terem se enfrentado pelo Campeonato Italiano, o brasileiro conta que os zagueiros tinham que "torcer para que ele [Maradona] não estivesse em um de seus dias".
O ex-jogador, nascido em Ilhéus, na Bahia, mas que morou no Espírito Santo, atuou pelo Rio Branco e tem longa relação com o Estado, relembra a marca que Maradona carrega em Copas do Mundo, especialmente na de 1986.
"Quando ele estava na Seleção, era a Argentina do Maradona. Todos que jogaram com ele falam que ele ganhou a Copa de 1986 sozinho com grandes jogadas", cita.
Em 1989, Aldair ajudou a Seleção Brasileira a encerrar um jejum de 40 anos sem ganhar a Copa América. Em 12 de julho daquele ano, o Brasil venceu por 2 a 0, com gols de Romário e Bebeto, a Argentina de Maradona. Dias após vitória contra os Hermanos, o Brasil foi campeão do torneio, desta vez vencendo o Uruguai.
Aldair foi titular ao lado de Ricardo Gomes na partida em que marcou o nascimento de uma geração que cinco anos mais tarde levaria uma Copa do Mundo.
Menos de um ano depois, a 24 de junho de 1990 em Turim, a Seleção Brasileira foi eliminada da Copa do Mundo, com um auxílio de Diego Armanda Maradona.
Segundo Aldair, que esteve no banco de reservas no jogo que encerrou a participação do Brasil na Copa de 90, aquele era um grupo "consciente do que queria", apesar de "algumas confusões na fase de preparação". Ele ressalta que a habilidade de Maradona foi determinante para a derrota e eliminação da seleção verde a amarela. "Fizemos uma grande partida, pressionamos bastante, mas Diego fez a diferença naquela jogada. Prevaleceu o individual dele", finaliza.
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