Que se tenham braços fortificados, pois virou rotina. O Flamengo voltou a ter um título para comemorar, desta vez simbólico, mas também vencido sob suor. Neste sábado, o time de Rogério Ceni derrotou o Volta Redonda, então líder, por 2 a 1, pela "final" da Taça Guanabara, conquistada pelo Rubro-Negro pela 23ª vez na história.
Os gols pela última rodada antes das semifinais do Carioca foram de Michael, Vitinho e Bruno Barra, pelo lado de um encardido visitante que valorizou a conquista. Foi uma peleja bem disputada no Maracanã.
Com mudanças em todos os setores, já por conta do jogo na Libertadores nesta terça, o Flamengo tardou para engrenar e encontrar espaço entre as linhas do Volta Redonda. Assim, optou pela amplitude - realçada por Ceni na parada técnica - e jogadas individuais com Michael, sobretudo.
A primeira boa chance na partida foi do Voltaço, inclusive. A bola sobrou na entrada da área para Luciano Naninho, após bola rolada por João Carlos, em erro na saída do Fla. Diego Alves salvou, na casa dos 17'.
Aos poucos, o Volta Redonda passou a cansar e afrouxou a marcação por dentro. Foi quando o Fla abriu o placar; e numa jogada improvável: lindo passe de Gustavo Henrique para Michael, que finalizou frente ao Andrey e viu o goleiro aceitar: 1 a 0. Todos os jogadores do banco foram abraçar-lhe.
O placar foi inaugurado aos 45. Mas o Fla, displicente, lento e previsível para atacar, vinha aquém do esperado no rendimento, tanto que, após um erro infantil de Arão no meio, sofreu um gol em decorrência da bola perdida: Bruno Barra fez depois de bate-rebate em mais um gol sofrido via bola aérea pelo time de Rogério Ceni, no último lance do primeiro tempo. O empate era justo pelo cenário.
O Flamengo voltou mais elétrico e contundente com a bola. Gabigol chegou perto em boa trama pela esquerda: parou em linda defesa do Andrey. Do outro lado, o Volta Redonda não deixou de espetar os mandantes e até causou certo perigo, porém o Rubro-Negro foi quem voltou a ir à rede.
Enfim numa veloz transição ofensiva, Vitinho aproveitou a brecha na entrada da área e enfiou uma sapatada de canhota: golaço na gaveta.
Cabe destacar que, pela primeira vez com Ceni, Gabi e Pedro iniciaram uma partida juntos no ataque. No geral, isso já havia ocorrido quatro vezes. Entretanto, diferente das oportunidades anteriores, nenhum dos dois fez gol.
A dupla pouco tramou jogadas perto da área, sendo que Pedro esteve apagado como referência, mas o teste foi válido visando o restante da temporada.
Para o Flamengo, não houve mais sustos significativos quanto ao placar. Os goleadores Alef Manga e João Carlos se esforçaram bastante, arriscaram, mas não foram capazes de ver o Fla ficar com o título simbólico. A reta final foi de controle, principalmente quando mais titulares foram acionados.
Maior vencedor, o Flamengo passa a ter 23 conquistas da Taça Guanabara, vencida pelo segundo ano consecutivo - o que não ocorria há 13 anos. Além disso, foi o 12º título do clube desde 2019. Um marco invejável.
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