O sindicato dos jogadores do futebol italiano rejeitou nesta segunda-feira (6) a proposta dos clubes da primeira divisão de reduzir seus salários em um terço por um máximo quatro meses, se a temporada atual não puder ser retomada.
A medida de austeridade foi aprovada por 19 dos 20 clubes, havia informado a liga italiana. A Juventus não participou da definição porque o time de Turim já tinha chegado a um acordo com seu elenco para mitigar o impacto financeiro sobre o atual campeão nacional no meio da pandemia de coronavírus.
Mas a o sindicato dos jogadores respondeu com uma declaração em que lamentava o comportamento da liga, considerado "incompreensível em um momento como este". Acrescentou que há um desejo de forçar os jogadores a absorver o dano econômico da crise "descrevendo-os de maneira negativa, o que deveria fazer as pessoas refletirem sobre a credibilidade dos responsáveis pelo futebol neste momento difícil".
O sindicato também destacou que "os presidentes que decidiram suspender os salários são os mesmos que fizeram seus times jogarem até 9 março, e eles foram forçados a treinar até meados de março".
O Campeonato Italiano foi suspenso desde que o governo ordenou um confinamento nacional há quase um mês, com 12 rodadas a serem disputadas, além de quatro jogos adiados do fim de semana de 22 de fevereiro. A Juventus liderava o torneio com um ponto de vantagem para a Lazio. As semifinais da Copa da Itália também foram interrompidas após os duelos de ida. Pelo menos 15 jogadores da primeira divisão testaram positivo para a covid-19.
Enquanto isso, o sindicato elogiou um decreto do governo para pagar 600 euros (R$ 3,4 mil) a atletas amadores em março. O sindicato também anunciou a criação de um fundo de solidariedade para ajudar os jogadores das divisões inferiores.
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