O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) aumentou as penas do ex-presidente da Desportiva Ferroviária, Edney Costa, e de outros seis réus presos em dezembro de 2017 por um esquema de tráfico de cocaína entre o porto de Vitória e Portugal. Os 253 kg de cocaína estavam escondidos em um contêiner no meio de sacas de milho, em um galpão em Vila Velha. A prisão de Costa, por exemplo, passou para 21 anos e quatro meses.
Em decisão unânime, a 1ª Turma do TRF2 reconheceu que, além do tráfico de entorpecentes, eles cometeram associação para o tráfico. Foi isso que fez com que as penas máximas subissem de nove anos e cinco meses de prisão e multa, para 21 anos e quatro meses de prisão e multa.
O TRF2 concordou com a tese do Ministério Público Federal (MPF) de que o episódio que os levou à prisão em flagrante não foi isolado. Além de passar a condená-los por associação ao tráfico, o Tribunal retirou uma atenuante de pena.
Para o MPF na 2ª Região (RJ/ES), os réus vinham se dedicando ao tráfico de entorpecentes, principalmente diante da complexidade do esquema, da quantidade de droga escondida, do envolvimento de muitos na operacionalização da logística portuária e dos altos custos do crime.
As investigações revelaram ainda, que os réus receberam e guardaram grande quantidade de cocaína e colocaram no contêiner após a violação do lacre e substituição por um lacre falsificado.
Na avaliação do MPF, os vínculos entre os réus permitem comprovar a estabilidade, o que é requisito da associação para o tráfico.
Em seu recurso, o MPF-ES destacou ainda elementos como a quantidade de droga (mais de 250 kg), a logística complexa da operação de tráfico transnacional por duas vias, o conhecimento de rotas pretéritas para o tráfico, a preferência pelo transporte marítimo, a presença de financiador, a divisão de tarefas e a existência de recebedores da droga para distribuir na Europa.
A reportagem tentou, mas ainda não conseguiu contato com a defesa de Edney Costa.
Com informações G1 ES.
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