A Copa América já gerou 41 casos de Covid-19 entre jogadores, integrantes das delegações e prestadores de serviço. Deste total, 31 foram detectados em atletas e membros das delegações e outros dez em prestadores de serviços contratados pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). Todos os casos ocorreram em Brasília.
Até agora, o Ministério da Saúde diz ter feito 2.927 testes de RT-PCR para o torneio. Os prestadores de serviço da Conmebol foram contaminados pelo novo coronavírus após contato com delegações estrangeiras que chegaram à capital para participar da Copa América. A informação foi confirmada nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde.
Ao menos 13 integrantes da seleção venezuelana, que chegou ao Brasil na sexta-feira, tiveram o teste positivo para Covid-19, entre atletas e membros da comissão técnica. O Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal atuam no monitoramento dos funcionários de hotéis que mantêm contato com delegações estrangeiras.
Além da Venezuela, outras seleções também registraram casos de coronavírus. Na seleção boliviana, por exemplo, são quatro casos positivos. Os jogadores não participarão do duelo de estreia da Bolívia, que ocorrerá às 21 horas desta segunda-feira, contra o Paraguai, em Goiânia (GO).
A Copa América deste ano veio para o Brasil depois que Colômbia e Argentina desistiram de sediar o evento por causa da pandemia de coronavírus. A vinda do torneio para o Brasil foi fruto de um acordo entre a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e o governo do presidente Jair Bolsonaro, intermediado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O primeiro jogo da competição foi realizado em Brasília neste domingo, entre o Brasil e a Venezuela. O time da casa ganhou por 3 a 0.
Na última semana, o próprio Ministério da Saúde divulgou os protocolos de segurança para a Copa América. A pasta estabeleceu regras para cada momento da permanência das equipes, desde a chegada no Brasil até o retorno aos países de origem. Os atletas deverão permanecer nos hotéis onde estiverem hospedados e não poderão deixar o local, a não ser para treinar. Os jogadores também precisarão fazer testes de covid-19 a cada dois dias.
Na semana passada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, minimizou a ocorrência de casos positivos da doença entre membros das delegações estrangeiras. "Faz parte. Se não tivermos possibilidade de casos positivos, não teríamos protocolos rigorosos. Devem vir outros atletas e acontecerá a partida normalmente", disse o ministro da Saúde.
Antes, em seu segundo depoimento à CPI da Covid no Senado, Queiroga já havia dito que a realização dos jogos no Brasil não trazia "risco adicional" ao país em relação à pandemia. O ministro, que não foi consultado antes da decisão do governo de sediar o torneio, disse não caber ao Ministério da Saúde interferir na realização da Copa América por se tratar de um evento privado.
"O que o Ministério da Saúde tem que fazer é verificar os protocolos de segurança e reforçá-los para que não haja risco adicional para os atletas, a comissão técnica e todos que participam do evento. Os Estados que aceitaram fazer a competição também participam dessa ação", afirmou Queiroga na ocasião.
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